Record (Portugal)

Um ponto no inferno

- Herrera Ricardo Danilo Maxi Talisca Brahimi Felipe Sérgio Oliveira Alex Telles Marcano

Foi um FC Porto melhor sem bola do que com bola que arrancou um ponto crucial em Istambul. De regresso à organizaçã­o estrutural em 4x4x1x1 desenhada para os jogos de maior grau de dificuldad­e, com Herrera, nuclear nas ações de pressão, à frente de Danilo e de Sérgio Oliveira, Sérgio Conceição surpreende­u ao juntar Maxi (lateral) e Ricardo (médio-ala) no corredor direito, deixando Corona no banco. Apesar da vontade indómita das águias negras em chegarem com

OS PRIMEIROS 15 MINUTOS DA SEGUNDA PARTE FORAM OS DE MAIOR SUFOCO PARA A FORMAÇÃO PORTISTA

contundênc­ia a zonas de finalizaçã­o, o FC Porto apresentou-se com uma organizaçã­o defensiva curta, compacta e coriácea [1], obrigando o rival a indagar uma construção longa que redundou em amplas arduidades para chegar com qualidade a zonas de definição, até pela sagacidade revelada por Sérgio Oliveira em metamorfos­ear-se, sempre que necessário, em terceiro central [1],, de forma a obstar às pungentes desmarcaçõ­es de Talisca. A maior complexida­de para os portistas acabou por ser a capacidade para resistir à belicosida­de colocada pelo Besiktas no condiciona­mento da sua p imeira fase de construção, o que originou um número excessivo de passes errados, até porque a bola passou pouco pelos médios. Algo que só a espaços conseguiu contrariar, fruto das deslocaçõe­s de Brahimi para o corredor central, que permitiram à equipa, fruto da maior proximidad­e entre as suas unidades, conectar-se com mais qualidade, explorando as debilidade­s do adversário em transição defensiva. Na sua primeira chegada a zona de finalizaçã­o, o FC Porto colocou-se em vantagem, aproveitan­do mais um lance de laboratóri­o idealizado por Sérgio Conceição [2],. Contudo, numa fase em que os dragões estavam a controlar o jogo, sofreram o empate num lance em que a deslocação de Cenk Tosun para o corredor esquerdo permitiu criar um desequilíb­rio [3], antes de assistir Talisca, astuto a transforma­r uma situação de paridade em vantagem numérica em zona de finalizaçã­o. Os primeiros 15 minutos da etapa complement­ar acabaram por ser os de maior sufoco para o FC Porto, incapaz de sair do seu meiocampo e de ligar jogo, face à agressivid­ade superlativ­a colocada por um Besiktas empurrado pelo seu caldeirão. O que acabou por se desvanecer, já que o FC Porto, a partir do minuto 62, conseguiu adormecer o jogo com bola, impedindo que o rival criasse ocasiões de perigo.

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