“Bas Dost nem consegue conduzir...”
JESUS DIZ QUE HOLANDÊS NÃO PODE SEQUER TREINAR
Desde o virar do ano, o Sporting tem vivido o período mais intenso do seu calendário, entrando em campo praticamente de três em três dias. Com efeito, a equipa de Jorge Jesus já contabiliza 10 partidas em 2018, entre duelos para o campeonato, Taça CTT e Taça de Portugal. Um registo que não pode ser ignorado pelo técnico, nem pelos próprios jogadores, dado que algumas das unidades nucleares da equipa têm acusado o desgaste acumulado, casos de William ou Gelson. De tal forma que, segundo JJ, esta dupla só no limite da partida de hoje, com o Feirense, saberá se tem luz verde para ir a jogo, ainda que permaneça otimista. “Não treinaram esta semana, ou seja, praticamente não trabalharam com o grupo de recuperação. No final do jogo no Dragão, com o FC Porto [para a Taça de Portugal], o Gelson sentiu-se ‘carregado’ fisicamente. É normal, tendo em conta o jogo que fez. Quanto ao William, como não jogou, não treinou. Mas amanhã [hoje] ainda temos um treino de manhã e tudo é possível. Acreditamos na recuperação dos dois”, sublinhou o treinador dos verdes e brancos, de 63 anos. Se por um lado esta é uma incógnita que naturalmente incomoda a equipa técnica, por outro acaba por ser... um bom sinal. Isto porque, salienta Jesus, esta carga competitiva é reflexo de um percurso praticamente imaculado dos leões até à data. “Vamos ter dificuldades, como é óbvio. Não só em função do Feirense, mas também porque, mais uma vez, teremos jogadores que não podem dar o seu contributo, por castigo [Coentrão e Acuña] ou lesão [Podence e Bas Dost]. Está relacionado com estes jogos de três em três dias. Nem mudo a mala! É sempre a mesma, nem dá tempo para a abrir. Quando acabar o jogo com o Feirense, vamos para Astana. Não pára - e ainda bem. É sinal que o Sporting está em todas as frentes”, sustenta.
Rivais no mesmo ‘barco’
“ENTRE SPORTING, BENFICA E FC PORTO NÃO HÁ NINGUÉM MELHOR EMOCIONALMENTE. ESTÃO TODOS IGUAIS”
Em Alvalade, o Sporting tentará dar a volta a uma série irregular de resultados. Nos últimos seis duelos para todas as competições, por apenas uma vez os leões somaram a vitória [V. Guimarães]. Ainda assim, como Jesus fez questão de sublinhar, pelo meio ainda conquistaram o inédito título na Taça CTT, ao derrotarem o V. Setúbal nos penáltis. “Vamos voltar à nossa casa. Há uma semana, com o V. Guimarães, saímos daqui no 1º lugar e com um título ganho. Uma semana depois, já não estamos em 1º. Sabíamos que alguma vez havíamos de perder. As derrotas não dão moral a ninguém, mas continuamos a ser a única equipa que ganhou um título esta época [ndr: o primeiro título da época foi a Supertaça, ganha pelo Benfica]. Vimos de duas derrotas - mais a do Estoril, por- que com o FC Porto ainda é a 1ª parte da eliminatória. Claro que quando se perde os jogadores e a equipa técnica ficam afetados, mas estamos mais confiantes que as outras pessoas que andam à nossa volta. Estamos dentro do processo e a trabalhar exatamente como há duas ou três semanas”, sublinha.
E é dentro deste sentimento de confiança que o amadorense realça a estabilidade emocional dos seus jogadores, em pé de igualdade com as ‘tropas’ dos rivais. “Claro que queremos andar em primeiro. O que importa, agora, é que estamos os três ali juntos. Os níveis emocionais são conquistados jogo a jogo e em função das diferenças pontuais. Neste caso, entre Sporting, Benfica e FC Porto não há ninguém que esteja melhor emocionalmente, estão todos iguais”, rematou. *