Leão não ficou a Sec(c)o
Sem poder contar com o habitual corredor esquerdo, devido às ausências por castigo de Fábio Coentrão e de Acuña, e com Bas Dost impedido de atuar por lesão, Jorge Jesus abordou a receção ao Feirense com o regresso à organização estrutural em 4x4x2 [1]. Com William e Gelson no onze, Bruno César – lateral – e Bryan Ruiz – médio-ala – formaram a nova asa esquerda, enquanto Montero – mais móvel – e Doumbia surgiram como dupla de ataque, mantendo-se Bru-
A DUPLA DOUMBIA/MONTERO MOSTROU FALTA DE ROTINAS NAS MOVIMENTAÇÕES QUE TÊM DE SER FEITAS EM CONJUNTO
no Fernandes na posição de médio-centro-ofensivo. Mesmo não entrando de forma inspirada na partida, até porque o Feirense, estruturado, em momento defensivo, em 4x4x1x1, exibiu preocupação em condicionar as saídas por Mathieu, William e Bruno Fernandes, o Sporting protagonizou um autêntico vendaval ofensivo. Foram inúmeras as oportunidades criadas a partir de lances de bola parada laterais e frontais, mas também em contra-ataque e ataque rápido – ao aproveitar as inúmeras debilidades do Feirense em transição defensiva, como também na definição da última linha e no controlo da profundidade, mesmo quando Doumbia e Montero mostraram falta de rotinas nas movimentações em conjunto [2] –, e em ataque posicional, onde privilegiaram a exploração dos corredores laterais e os cruzamentos para a área, apostando na mobilidade das suas unidades [3]. Contudo, além de terem patenteado uma tremenda falta de eficácia em zona de finaliza- ção, com Doumbia a destacar-se pela falta de serenidade na definição, os leões esbarram num recital de Caio Secco, a mostrar os seus reflexos soberbos numa série de defesas incompletas de elevada fotogenia. Com o nó do nulo a não se desfazer, ante um rival que se mostrou perigoso nas poucas saídas para contragolpe que protagonizou, Jesus decidiu refazer o corredor esquerdo com as entradas de Rafael Leão e Lumor, que introduziram mais velocidade e imprevisibilidade. Mas foi na sequência de um pontapé de canto de Bruno Fernandes que o Spor- ting quebrou o jejum de 264 minutos sem marcar, com William arguto a aproveitar uma segunda bola, depois de saída incompleta de Caio Secco. De imediato, JJ reforçou o sector intermediário com Battaglia, reestruturando a equipa em 4x2x3x1, enquanto o Feirense reorganizou-se em 4x1x3x2, indagando um futebol direto que permitisse a chegada ao empate. Algo que fez com que os fogaceiros se desequilibrassem defensivamente, o que foi aproveitado por Montero, após excelente combinação entre Bruno Fernandes e Gelson, para rubricar o 2-0 final.