SALVIO GERA POLÉMICA APÓS QUARTA OPERAÇÃO
CRÍTICAS DE PIER PAOLO MARIANI A Record, fonte próxima do processo diz não entender as acusações do especialista italiano
Salvio foi submetido na última segunda-feira a uma meniscectomia no joelho direito – a quarta operação a esta articulação –, neste caso por via artroscópica [ver explicação ao lado], na Clínica Villa Stuart, em Itália. Na altura da comunicação da dita cirurgia, os encarnados não haviam especificado qual o procedimento, tendo porém ficado implícito que se tratara de uma limpeza para ‘secar’ o líquido na zona da membrana sinovial – o boletim clínico falava em sinovite, dias depois de ter avançado uma síndrome femoropatelar. Ora, em recentes declarações, o especialista que operou o extremo, Pier Paolo Mariani, deixou perceber que todo o processo
FONTE RECORDA QUE, APÓS A PRIMEIRA OPERAÇÃO A QUE FOI SUBMETIDO, ARGENTINO FEZ A MELHOR ÉPOCA DA CARREIRA
se tornou mais complicado porque o camisa 18 foi alvo de uma cirurgia que não correu bem e não da sua responsabilidade – a 4 de setembro de 2013 foi o também especialista e colaborador dos encarnados António Martins quem operou o camisa 18 ao ligamento cruzado anterior do joelho direito. Record tentou obter uma reação por parte de António Martins, mas este declinou pronunciar-se sobre o tema, evitando comentar sequer a postura do colega de profissão. No entanto, ao nosso jornal, fonte próxima do processo questiona as afirmações de Mariani. “Se foi mal operado antes, como foi possível então voltar a jogar e logo para fazer a melhor época da sua carreira? [n.d.r.: em 2014/15 fez 13 golos em 38 jogos]”, questiona, insistindo: “Na primeira cirurgia, a tal que alegadamente correu mal, Salvio voltou a competir ao fim de cerca de cinco meses. Depois das... duas operações em Itália, foram preci- sos cerca de nove meses. Mais: quando voltou a lesionar-se, já na última jornada de 2014/15, foi devido a uma nova torção no joelho. Acontece a qualquer um. Vão ver agora nesta lesão se houve alguma torção ou pancada. E não foi o dr. António Martins quem o operou nas duas últimas vezes.”
A mesma fonte esclarece ainda que “por vezes, parece haver uma necessidade de justificar o insucesso com o trabalho feito anteriormente por outra pessoa. É uma saída fácil”, remata. *