Record (Portugal)

Sporting Moreirense “Falta ver se temos andamento”

LEÕES ESTÃO HÁ 6 JOGOS SEM SOFRER GOLOS EM CASA PARA A LIGA AURÉLIO PEREIRA DISTINGUID­O COM ORDEM DE MÉRITO DA UEFA

- JORGE JESUS ALEXANDRE MOITA

Jorge Jesus admite ser difícil fazer a gestão do plantel quando algum jogador se lesiona e, por isso, diz não saber se a equipa “tem andamento para estar em todas as provas”. O treinador do Sporting explica que quando estão em causa apenas mudanças por opção, isso é um sinal positivo, mas quando há jogadores com problemas físicos o caso muda obviamente de figura. “Com o Moreirense vão entrar cinco ou seis jogadores que não jogaram frente ao Astana. Fizemos esse ‘roulement’ [rotação, em francês] para ter os jogadores frescos e esse também é o segredo. Tenho experiênci­a de vários anos nestas competiçõe­s, mas qualquer equipa tem de fazer isto, não é só o Sporting. Falta ver é se temos andamento para estar em todas as frentes. Quando é troca por troca, sem lesões, é bom… Agora, quando temos 1, 2, 3 jogadores já carregados a nível muscular, isso aí deixa-nos tristes”, afirmou o treinador dos leões, explicando que a indisponib­ilidade de Bas Dost acaba por ser mais uma contraried­ade, e das grandes. Afinal, lembra Jesus, “é o maior goleador” da equipa (27 tentos em 36 jogos).

“O Bas Dost é um jogador que normalment­e olhamos pelos golos que faz. Mas não é só isso. Tem muito mais e é por isso que é fundamenta­l. Com o Astana estava supercansa­do e eu sabia que não tinha muito conteúdo técnico, mas tem muito conteúdo estraté- gico e nas bolas paradas é fundamenta­l. Se durmo mesmo sabendo que não posso contar com ele? Durmo, porque acredito em todos, mas não vamos branquear e dizer que não faz falta, porque faz. É o maior goleador da equipa e gostava que pudesse jogar, mas há mais”, explicou o amadorense, de 63 anos, dizendo ter “Doumbia e Montero” para o seu lugar. Quanto a Rafael Leão, uma certeza: “Não vamos querer fazer dele uma certeza porque não é ainda. Mas que vejo nele coisas diferentes, vejo”, admitiu. O técnico leonino voltou depois a afirmar a ideia de que poderia ter evitado a lesão do holandês, elogiando ainda a sua conclusão.

“Eu poderia ter evitado a lesão, porque vejo as coisas à frente. O que aconteceu ao Bas Dost é normal, ninguém adivinha, mas eu tenho conteúdos que já me permitiam saber que tinha de o tirar. Depois fiz asneira e não o tirei. Mas como adivinhava eu, hã? Como eu sou bruxo…”, explicou, bem-disposto, acreditand­o na disponibil­idade do goleador no Dragão, já sexta-feira. A terminar, o técnico relativizo­u o atraso de cinco pontos para o FC Porto. “Está tudo em aberto e acho que qualquer dos três ainda vai perder pontos, esperamos que não sejamos nós. O campeonato está difícil, principalm­ente fora. Vai ser uma luta interessan­te até ao fim”, perspetivo­u JJ. *

“QUANDO É TROCA POR TROCA, SEM LESÃO, É BOM. QUANDO TEMOS 1, 2, 3 JOGADORES JÁ CARREGADOS A NÍVEL MUSCULAR FICAMOS TRISTES” “PODERIA TER EVITADO A LESÃO PORQUE VEJO AS COISAS À FRENTE. COMO SOU BRUXO...” “O RAFAEL LEÃO TEM 18 ANOS. NÃO VAMOS QUERER FAZER DELE UMA CERTEZA, MAS QUE VEJO COISAS DIFERENTES, VEJO”

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