Fome de vencer

Ninguém consegue ficar indiferente a uma história como a de Miguel Maia. Ainda há dias fez 47 anos e ontem sagrou-se campeão nacional, devolvendo ao Sporting um título que não conquistava há quase um quarto de século quando, então, Maia jogava de leão ao peito. É uma história de um grande amor. Aliás, mais do que um. Primeiro, o amor ao voleibol que fez dele um atleta de exceção. Depois, o amor ao Sp. Espinho, clube da sua terra, onde se notabilizou e para onde voltou em 1994 para ser crónico campeão. Finalmente, o amor ao Sporting que o fez regressar a Alvalade, já bem quarentão, reanimando a modalidade e conduzindo o clube a um título histórico.

Bruno de Carvalho não foi um mero espectador da conquista desse título. Foi um adepto entusiasta e sofredor que vibrou no final sem conter as lágrimas. Está sedento de títulos e no final da festa (ou talvez ainda a meio) deixou a mensagem que se pode interpretar como um recado à ‘nação’: “Quem não conquistar vitórias, não está aqui a fazer nada”.

Se há alguém que nunca fica saciado, é Cristiano Ronaldo. Ele vai jogar a terceira final consecutiva da Liga dos Campeões, a sexta da sua carreira, podendo ser o primeiro a conquistar o penta. Como diz Fernando Santos, Cristiano é um animal. E melhor ainda: com um apetite voraz.