Record (Portugal)

FESTA NOS ALIADOS PELA NOITE DENTRO

DRAGÃO TRIUNFA E FAZ 88 PONTOS

- PEDRO MALACÓ, RICARDO VASCONCELO­S E RUI SOUSA

Como se diz na cidade do Porto, foi o São João antecipado. Uma semana depois de duas noites de festejo, os adeptos azuis e brancos voltaram a sair à rua e, desta vez, com um único destino: a Avenida dos Aliados. Aos fim de 19 anos, as portas da Câmara Municipal da Invicta abriram-se para condecorar os campeões nacionais. O autarca Rui Moreira devolveu a tradição que Rui Rio tinha tirado aos portistas e os adeptos não quiseram perder a oportunida­des. Milhares e milhares de pessoas começaram a rumar aos Aliados logo depois de almoço. O palco estava montado, a música entoava nas gigantes colunas e até o jogo de Guimarães foi transmitid­o em direto num ecrã gigante. Tal como no estádio, os portistas vibraram com a equipa, cantaram em uníssono e festejaram a tal vitória que Sérgio Conceição pediu para chegar aos 88 pontos.

Ao apito final no D. Afonso Henriques foi hora de descansar um pouco e dar tempo para que os campeões nacionais fizessem a viagem de Guimarães até à Invicta. Às 20 em ponto dava-se a chegada ao Dragão para uma muda de roupa – “Nascidos para vencer” foi a frase que a SAD escolheu para a indumentár­ia noturna – e para uma refeição ligeira. Às 20.45 dois autocarros de dois andares deixavam o estádio: jogadores, familiares e staff iam percorrer as ruas da cidade até aos Aliados.

Em poucos minutos, o cortejo passava pela Constituiç­ão. “Foi aqui que tudo começou, para mim, para o Sérgio Oliveira e para o Dalot. Arrepia-me um bocado. Este é o culminar de todo o trabalho que fizemos e é fantástico”, disse Gonçalo Paciência, no meio da euforia. “Ser campeão aqui é espetacula­r. Já fui aos Aliados como adepto e é fantástico. Espero ter lá um mar azul e acho que não vou estar à espera do que vou encontrar. Só quero desfrutar e ficar sem palavras”, acrescento­u Dalot. Os craques não viravam a cara às perguntas até porque muitas delas eram feitas por... Alex Telles. O lateral pegou no microfone, puxou o operador de câmara e andou a ouvir a opi- nião dos colegas. Às 21.45, uma hora depois da partida do Estádio do Dragão, o mar de gente era cada vez maior. Os Aliados estavam mesmo ali...

O menino Conceição

Os Paços do Concelho estavam perto, mas o autocarro dos jogadores fez questão de dar uma volta à Avenida. Foi mais uma hora de emoções ao rubro, de cantar as músicas dedicadas a cada um dos craques, de provocar o rival Benfica com o ‘Penta Xau’ e de se ouvir, mais do que uma vez, o hino do FC Porto. E Sérgio Conceição? Onde andava ele que ninguém o via? O treinador optou por ficar na parte inferior do autocarro para ‘dar’ a festa aos jogadores, mas, a custo, lá confessou “estar arrepiado como um menino” tal e qual ficou como, ainda júnior, festejou o bicampeona­to alcançado por Carlos Alberto Silva.

Já passava das 23.30 quando, finalmente, a taça voltou à varanda da câmara municipal. Lá em baixo, imagine-se, 250 mil pessoas tiveram mais um momento de êxtase. Herrera levantou o caneco, ladeado de Pinto da Costa e dos outros campeões. O hino voltou a tocar e foi hora de recolher a casa. Para o ano haverá mais? *

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