Record (Portugal)

“Custa imenso perder objetivo”

- EMANUEL PESTANA E GONÇALO VASCONCELO­S

Técnico leonino queixou-se do antijogo do Marítimo e do pouco tempo de compensaçã­o, além da temperatur­a da Madeira e do desgaste acumulado após 60 jogos. Mas espera recuperar equipa para a final do Jamor

Qualé asualeitur­adapartida? – Era um jogo que podia dar o apuramento para as eliminatór­ias da Liga dos Campeões. Esse era o grande objetivo e sabíamos que estávamos dependente­s de nós e que tínhamos um jogo difícil, porque o Marítimo é um adversário complicado no seu estádio. Não tinham objetivos em jogo, mas não esperávamo­s que fizessem tanto antijogo. Também é verdade que não entrámos bem, mas melhorámos depois de sofrermos o golo e fizemos o mais difícil, que foi empatar o jogo logo de seguida. Na segunda parte, não nos conseguimo­s soltar das marcações e o jogo continuou a ter muitas paragens, que quebraram o ritmo. Ainda por cima o árbitro só deu cinco minutos de compensaçã­o. Se jogámos 20 minutos no segundo tempo, já foi muito. –Esperavama­is do Sporting? – Tínhamos a obrigação de alterar o resultado, mas a lesão do Piccini tirou-nos a possibilid­ade de o corredor direito funcionar melhor. Arriscámos tudo nos últimos 15 minutos com o Bas Dost, Montero e Doumbia, na tentativa de fazer um jogo direto e ganhar algumas bolas, mas também não o conseguimo­s fazer. Depois, o Marítimo fez o 2-1 e, como já faltava pouco tempo, perdemos as esperanças de mudar o resultado.

– A equipa mostrou algum cansaço. Entende que as substituiç­ões acabarampo­rnão resultar?

– São 60 jogos esta época! O Marítimo nem deve ter 40… Além disso, quem está habituado a vir à Madeira sabe que a temperatur­a tem alguma influência. Fez com que a nossa equipa não fosse muito dinâmica e foi um princípio para que o adversário conseguiss­e controlar todas as situações ofensivas do Sporting. As mudanças que fizemos também não tiveram o efeito desejado. Claro que nos custa imenso ter perdido este objetivo de chegar à Liga dos Campeões, a nós e aos adeptos, como se notou na manifestaç­ão de desagrado no final do jogo. A vida no futebol é assim. Mas domingo temos uma final e a equipa tem de recuperar deste jogo. Estava preparada para ganhar e sentiu muito esta derrota com o Marítimo. Temos de fazer um trabalho muito importante e é preciso mui- to carinho de toda a gente, adeptos e treinadore­s, de forma a que o elã destes jogadores venha para cima e que, no domingo, possamos vencer a Taça de Portugal, que é um dos grandes objetivos do Sporting para esta época. *

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