A BdC já só falta dançar a rumba vestido de havaiana
Bruno de Carvalho tem uma irreprimível tendência para o disparate e faria tudo para se manter como uma espécie de arlequim do Sporting, até dançar rumba vestido de havaiana, se fosse preciso. Depois de ter apoquentado Leonardo Jardim e do processo com 400 páginas com que procurou despedir Marco Silva (acusado, entre outras coisas ridículas, de ter usado o fato de treino), terá decidido agora que a melhor forma de despachar Jorge Jesus era chamá-lo a Alvalade para lhe puxar as orelhas (o futuro dirá se houve vontade de o suspender e de lhe instaurar um processo disciplinar), estapafúrdia tentativa de o pressionar e, talvez, de não lhe pagar, no futuro, a indemnização (e mais 500 mil à conta prémio da taça). Fê-lo após uma traumatizante derrota que BdC viu no sofá e a poucos dias de o Sporting jogar a final que lhe pode dar o segundo troféu mais importante do calendário nacional, o que só vem provar que, para o presidente, mais importante do que as conquistas do clube é a sua própria agenda. Nada de surpreendente em quem é, há muito, o principal foco de desestabilização do Sporting. Ao ‘Expresso’, após voltar a atacar violentamente os jogadores e o treinador, BdC tinha anunciado que os presidentes-adeptos serão a grande solução para o futuro. E, para que não restassem dúvidas, mostrou hoje o quanto pode ser deprimente esta liderança plebeia e “progressista”. Os adeptos do Sporting que não se deixam alienar precisam de uma paciência de Gandhi.