MURALHA NA HORA DA VERDADE
Erros defensivos preocupam Fernando Santos, mas números mostram raridade das falhas quando jogos são ‘a sério’
QUINAS ENFRENTAM TESTE DE FOGO PORTUGAL SOFREU MENOS GOLOS EM 29 PARTIDAS OFICIAIS DO QUE EM 20 PARTICULARES. SEGUE-SE A BÉLGICA
Com cinco golos sofridos nos últimos dois jogos, os alarmes podiam soar na Seleção Nacional. Afinal de contas, tanto a Holanda (venceu por 2-0) como a Tunísia (empatou 2-2) aproveitaram erros da equipa das quinas. Fernando Santos não teve problemas em admitir que, de facto, há vários aspetos que têm de ser trabalhados em conjunto por toda a equipa, mas a verdade é que os números mostram que a história é bem diferente quando os jogos são ‘a sério’. Mas vamos a contas. Basta ver que, com o engenheiro no comando, Portugal disputou 29 partidas oficiais, tendo sofrido apenas 16 golos, somente com uma derrota pelo meio (na Suíça, por 2-0). Por outro
lado, os particulares mostram outra face do campeão europeu, com 19 tiros certeiros consentidos em 20 encontros, sendo que oito deles terminaram com derrotas. Segue-se um exigente teste com a Bélgica, seleção que apresenta craques como Hazard, De Bruyne e Lukaku. Mas, na hora da verdade, a equipa das quinas tem erguido sempre uma autêntica muralha. Aliás, José Fonte, um dos responsáveis pela fortaleza, deu conta disso mesmo. “Em jogos oficiais, não sofremos muitos golos. Mas temos noção de que ultimamente sofremos golos que normalmente não acontecem. Já falámos sobre isso entre nós. Temos de mudar o chip e é nisso que nos vamos concentrar nos próximos tempos e no Mundial. Equipa que não sofre golos habilita-se sempre a ganhar”, atirou.
Pistas de Santos
Depois de Ricardo Pereira, Pepe, Rúben Dias e Guerreiro terem sido os quatro eleitos para a defesa frente à Tunísia, Fernando Santos deixou ontem, no treino, algumas pistas daquilo que poderá fazer diante da Bélgica. A defesa dos ‘coletes’ era composta por Ricardo, Rúben Dias, Bruno Alves e Mário Rui, ao passo que Cédric, Pepe, José Fonte e Guerreiro eram os ‘sem coletes’. Resta saber qual a linha de pensamento do engenheiro para Bruxelas. *