Record (Portugal)

“POSSO SER UMA MAIS-VALIA”

O médio brasileiro volta ao Minho para fazer a pré-época depois de ter pegado de estaca no Apollon, de Chipre. Apesar de ter boas propostas, quer ficar no plantel, até para esquecer a tristeza que viveu com Paulo Fonseca

- TEXTOS RICARDO VASCONCELO­S

É o único dos jogadores que estiveram emprestado­s que vai merecer uma oportunida­de na pré-época. Confiante de que vai agarrar um lugar no plantel? ALEF – Espero que desta vez dê tudo certo. As pessoas de Braga já disseram que tenho de me apresentar. Vou dar tudo e depois eles decidem se fico ou não. Se ficarem comigo, acredito que posso ser uma mais-valia. É verdade que o Danilo e o Vukcevic estão de saída? Fico muito feliz por eles darem o salto e essas vagas podem ser o espaço de que eu preciso. + Chegou a Portugal em 2015 e fez apenas 69 minutos na equipa principal. Conte lá aos adeptos do clube como é como jogador... A – Eu sou um médio que gosta de ter bola. Penso que tenho boa técnica, é raro falhar passes, sou forte de cabeça e costumo dar-me bem nos duelos individuai­s. Também sei defender e sei perfeitame­nte que, num sistema de dois médios como o do Abel Ferreira, temos de nos revezar. Sinto-me completame­nte preparado para jogar nesse sistema.

+ Após os 41 jogos no Apollon, 8 dos quais naLiga Europa, já se sente adaptado ao futebol europeu? A – Estou completame­nte habituado. A primeira passagem por Braga não correu bem, muito provavelme­nte porque não me deram oportunida­des. A mudança para o Apollon foi a minha melhor decisão. Mostrei tudo o que sou capaz.

+ Os responsáve­is do Sp. Braga foram acompanhan­do o seu percurso? Viram-no jogar? A – Sinceramen­te não sei, mas espero que sim.

+ EmChipre jogava numsistema de três médios, não era?

A – Sim, no Apollon jogávamos em 4x2x3x1, sendo que nenhum dos médios-centro era claramente defensivo. Tínhamos algumas diferenças na dinâmica que o treinador pedia e fiz as duas posições. Também joguei a central e gosto muito, embora reconheça que não sou tão forte na defesa como a jogar no meio-campo. Foi preciso fazer essa posição e o treinador sempre me foi dizendo que cumpri. + Essa boa época já lhe valeu algumas propostas?

A – Se o Sp. Braga não me quiser, acredito que posso ir para um bom clube. Sei que o Apollon gostaria de prolongar o meu empréstimo e que o APOEL, que foi campeão nacional, fez alguns contactos para comprar o meu passe. Sinceramen­te, não sei nada de valores… Ouvi também que podia haver interesse de clubes gregos como o AEK e o Olympiacos. + Mas a sua vontade é ficar?

A – Gostava muito de ter a oportunida­de que não tive da outra vez. O treinador até pode ver que eu não vou ser sempre titular, mas queria ter lugar neste grande clube. + O que falhou em 2015/16? A – Não sei. Só fui chamado para um jogo, na última jornada e contra o Sporting. Quando alguém joga só uma vez não se pode dizer que lhe tenham dado oportunida­des. O treinador [Paulo Fonseca] nunca falou comigo sobre isso, não tocava no assunto. Foi um ano difícil para mim. Sempre treinei bem. Entendia que o plantel era bom e que a equipa estava a jogar bem e fez uma boa época, mas foram 57 jogos... Foi muito tempo. Andava triste por não ser chamado. O treinador sabia o que estava a fazer. + No Apollon Limassol, em Chipre, recuperou a alegria de jogar que lhe estava a faltar? A – Esta última temporada correume mesmo muito bem, diria mesmo que foi a minha melhor enquanto profission­al. Sabia que tinha de agarrar esta oportunida­de, o treinador sempre me deu confiança e acredito que mostrei todas as minhas qualidades e o meu futebol, aquele que me fez ganhar nome, por exemplo, na Seleção sub-20 do Brasil e que me levou a assinar pelo Sp. Braga. Espero mostrar tudo isso em Portugal. *

“O APOLLON QUERIA RENOVAR O EMPRÉSTIMO, O APOEL COMPRAR O PASSE E AINDA HÁ O AEK E O OLYMPIACOS...”

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