“Autoridades é que têm meios para fazer investigações”
FERNANDO GOMES E OS INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO
Líder federativo lembra que há entidades com meios para investigar suspeitas no futebol
O presidente da FPF, Fernando Gomes, espera que sejam tomadas medidas relativamente ao clima de suspeição que está a abalar o futebol português. “É uma matéria que não cabe no âmbito das nossas funções. Quando existem situações desse tipo, há entidades competentes para quem canalizamos esse tipo de denúncias. As autoridades devem tomar precauções, até porque do ponto de vista dos meios são elas que os têm para essas investigações”, referiu o líder federativo, numa entrevista à Sport TV.
Num balanço do seu mandato, mostrou-se orgulhoso por Portugal ser um dos pioneiros na utilização do vídeo-árbitro. “Aproximadamente 70 decisões foram revertidas em 34 jornadas, decisões que eram erradas. Naturalmente que cremos que esse facto transforma a utilização do VAR numa ferramenta extremamente positiva”, disse, considerando que ajudou para “diminuir o ruído”. Ainda assim, reconhece que “há aspetos a corrigir”, relembrando que é o primeiro ano. “O ruído acontece em qualquer competição em que exista uma decisão do árbitro. Há no futebol, no râguebi, no voleibol. Nós, en-
PRESIDENTE DA FPF FAZ UM BALANÇO POSITIVO DO VAR MAS ADMITE QUE AINDA HÁ CORREÇÕES A FAZER
quanto responsáveis, temos de garantir que os árbitros estão preparados para tomar as melhores decisões”, rematou, sobre este assunto.
De resto, e em antevisão do Mundial da Rússia, Fernando Gomes salientou que Portugal não está entre os favoritos mas vai dar o melhor. Disse ainda que vão “tentar ter dentro do possível condições semelhantes às que tiveram em França”, apesar de lembrar que é difícil ter um ambiente tão acolhedor como o de Marcoussis. E garantiu que Fernando Santos está para ficar ao leme da Seleção Nacional, pelo menos até ao Europeu de 2020. O presidente da FPF disse que mais de 50 por cento dos compromissos deste mandato “estão alcançados” e promete continuar a apostar no “desenvolvimento geracional da Seleção”. *