Linha vermelha
discrição a que obriga o cargo de PMAG da SCP SAD tem justificado o meu silêncio sobre o momento atual da Sociedade, apenas interrompido no domingo (dia 20) para revelar as razões pelas quais decidi manter-me em funções.
Essa decisão não se alterou,
por várias razões, mas sobretudo porque os mandatos não são direitos, são deveres que se exercem perante e em homenagem aos eleitores.
O momento do Clube é demasiado grave para permanecer
em silêncio e são os meus deveres de sócio do Clube há 47 anos – e de cidadão - que impõem que quebre esse silêncio, ultrapassados que estão todos os limites.
O despojamento com que a
realidade (?!) do Clube tem sido revelada, com relatos parciais de reuniões internas, com porta-vozes de um dos órgãos sociais e a degradação evidente das relações entre membros dos órgãos sociais são, obviamente, intoleráveis.
Intolerável é,
também, a afirmação pública, por parte de um órgão social, de que não colaborará - logo, obstaculizará - com a MAG na organização logística da assembleia geral que aquela Mesa anunciou.
eis que o Conselho Diretivo anuncia a
E, para agravar,
substituição da Mesa da Assembleia Geral e a nomeação de uma Comissão Transitória da MAG que, ufana, se apressou a nomear uma Comissão de Fiscalização, convocar duas assembleias gerais (uma delas eleitoral!) e anunciou que “não se realizará qualquer assembleia geral no dia 23 de junho”. Tudo para que não restem dúvidas, decisões flagrantemente ilegais e que implicam um profundo desrespeito pelos Estatutos do Clube e, portanto, pelos Sócios.
“CD NÃO DEVE DISPOR DO LIVRO E DO PODER SOBRE OS FUNCIONÁRIOS”
É, pois, uma exigência urgente afirmar que,
tal como o CD, o PMAG e a MAG também foram eleitos pelos sócios, pelo que, independentemente de estes se terem demitido ou não, conservam toda a sua legitimidade e poderes.
A legitimidade dos titulares
dos órgãos tem exatamente as mesmas fontes: os estatutos e os sócios.
O CD pode, evidentemente, ter opiniões,
as melhores ou as piores, sobre as decisões da MAG; mas não deve, em momento algum, usar o dever de gerir o Clube - e de, por isso, dispor do livro de cheques e do poder sobre os funcionários - para impedir outro órgão social de exercer os seus poderes, decidindo nomear outros membros dos órgãos para substituir aqueles que ainda se mantêm em funções.
Essa é a linha vermelha.