BURA VOLTOU À CASA QUE O TIROU DA BALIZA
Começou a jogar no clube como guarda-redes, na infância. Tornou-se central, mas não queria
Diz a sabedoria popular que o bom filho a casa torna. Bura deu sentido ao provérbio quando assinou pelo Leixões até 2020, acordo que consuma o seu regresso ao clube onde começou a jogar futebol. A tradição familiar fê-lo aventurar-se inicialmente como guarda-redes e foi de luvas que começou por representar os bebés do Mar, nas escolinhas.
“Eu inicialmente fui guarda-redes, mas houve uma altura em que não havia jogadores para outras posições. Aí comecei a jogar a médio, depois passei para lateral e, por fim, para central. Na verdade, ao início eu não queria jogar aí, mas ainda bem que aconteceu. Correu bem! Foi a partir dos infantis que deixei de jogar na baliza. Só
TEM EXPERIÊNCIA DE 1ª LIGA E PRETENDE LÁ VOLTAR: “PODE SER QUE VENHA A ACONTECER. SE FOR PELO LEIXÕES, MELHOR!”
não fui avançado”, explicou Bura, de 29 anos, quando convidado por
no tempo e a lembrar as melhores memórias da sua infância no emblema da Cruz de Pau: “Adorava jogar no Leixões quando era miúdo. Quando saí
Record a recuar
[aos 17 anos] não foi porque quis, mas agora regressei e estou muito contente. A mística deste clube torna-o diferente dos outros”. Foi esta história que levou Miguel Ângelo Marques Granja a ser conhecido por Bura. “O meu irmão era guarda-redes no Leixões e chamavam-lhe de Bura. Quando fui para as escolinhas, ainda como guarda-redes, comecei a ser tratado pelo mesmo nome. Mas, sinceramente, não sei porquê”, gracejou o central, que foi como júnior para o FC Porto – nunca jogou pela equipa principal, tendo sido sucessivamente cedido. Bura volta ao Leixões com outra experiência, inclusive de 1ª Liga, onde pretende voltar. “Pode ser que venha a acontecer. Se for pelo Leixões, melhor! Podia jogar na 1ª Liga, mas estou bem onde estou. É o meu clube”, atirou. *