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TEM PRINCÍPIO DE ACORDO PARA SAIR, RECEBE ATÉ FINAL DA TEMPORADA E ABDICA DE UM ANO DE SALÁRIOS

O fantasma das rescisões volta a pairar hoje sobre Alvalade, e um dos processos mais preocupantes para a SAD leonina é Bruno Fernandes. O internacional português, que se encontra ao serviço da Seleção Nacional, é um dos ativos mais valiosos cuja saída pode resultar num forte revés a nível desportivo e financeiro.

Os responsáveis leoninos estão a realizar todos os esforços para evitar este cenário, em especial o diretor-geral para o fu- tebol, Augusto Inácio, que tem procurado funcionar como uma ponte entre a direção e o plantel. Dadas as más relações que subsistem entre Bruno de Carvalho e um elevado número de jogadores, tem sido este dirigente a procurar evitar mais rescisões, uma tarefa que não se tem revelado fácil.

Bruno Fernandes foi o maior investimento feito na época passada, tendo o passe do jogador custado 8,5 milhões de euros (mais 500 mil em variáveis). O seu rendimento ultrapassou as expectativas, e despertou o interesse de vários clubes. Dados os 100 milhões que constam na cláusula de rescisão, o Sporting tinha todas as condições para segurar o futebolista, mas as agressões ocorridas no passado dia 15 de maio colocam agora tudo em causa.

O Sporting, no comunicado ontem divulgado, voltou a pedir a Rui Patrício e Podence para “refletirem bem”, e voltou a apelar “à serenidade” do restante plantel, solicitando que “não se deixe manipular”.

Com o Mundial à porta, o médio-ofensivo, de 23 anos, ainda se pode valorizar mais na Rússia, um fator que SAD tem em conta e pretende rentabilizar a seu favor. A prioridade é segurar uma das joias da coroa mas, nos próximos dias, a rescisão é uma possibilidade real.

NO COMUNICADO DIVULGADO OS RESPONSÁVEIS LEONINOS VOLTARAM A APELAR À SERENIDADE DO PLANTEL

Segurança priorit ária

Com a possibilidade de poder rescindir unilateralmente com justa causa até ao próximo dia 14, Bruno Fernandes tem ponderado toda a situação. O jogador tem mercado nas principais ligas (Espanha, Inglaterra, França e Itália) e, deixando Alvalade, não teria dificuldades em negociar um contrato mais vantajoso, principalmente se for declarado um jogador livre pelos tribunais.

Contudo, esta não é a principal preocupação do camisola 8 que, como é natural, teme mais pela sua segurança e a da sua família. Ontem, o ‘Correio da Manhã’ avançou que o jogador terá sido ameaçado pela claque Juventude Leonina à porta de casa. Poucas horas depois, no citado comunicado, o Sporting aconselhou os atletas a comunicarem ao clube “ameaças, a si ou às suas famílias”, para que sejam “tomadas as medidas necessárias à sua proteção”. *