A FIABILIDADE DA MANNSCHAFT
Foi em 1962 que uma seleção – o Brasil de Pelé – se sagrou campeã mundial em edições seguidas pela última vez. Romper com um registo com mais de meio século é o repto de Löw na Rússia. Os sinais são positivos, apesar dos recentes resultados menos bons em particulares, nos quais tem testado alternativas ao 4x2x3x1. A Mannschaft é a campeã em título e favorita como sempre, algo consubstanciado no apuramento – 10 vitórias em 10 jogos e 43-4 no saldo de golos – e no triunfo na Taça das Confederações, mesmo dando férias aos craques que poderão fazer a diferença em solo russo. Tudo isto é o reflexo de um ideário sedutor, já que Löw edificou uma máquina lancinante de futebol ofensivo capaz de assumir um futebol apoiado sem perder a objetividade teutónica. O principal candidato a acompanhar a Alemanha na passagem à segunda fase é o México. É certo que El Tri apresenta soluções de qualidade do meio-campo para a frente, mas acusa problemas de consistência defensiva, adensados pela tendência de Osorio para proceder a rotações profundas e alterações estruturais. A renovada Suécia, no pós-Ibrahimovic, exibe uma organização defensiva compacta, que se revelou capaz de derrubar a Itália no playoff e a Holanda na fase de grupos, mas falta-lhe uma referência ofensiva com golo, enquanto a Coreia do Sul chega à Rússia com indefinições estruturais profundas – entre uma defesa, sector mais permeável do conjunto, a quatro ou a cinco – e com algumas baixas de peso, que farão aumentar a dependência de Son. *
Alemães vão procurar imitar o Brasil de 1962. Já o México parece sair à frente de Suécia e Coreia