Record (Portugal)

À boleia de um(a) Guedes... Ducati

- José Manuel Freitas

Enquanto houver Mundial, a crónica é dedicada ao Mundial. A proposta foi do Diretor António Magalhães e recebi a missiva com satisfação. Por poder fazer um interregno num dos momentos mais tristes da história do futebol português, por envolver, em planos diferentes, Benfica e Sporting, mas, particular­mente, por poder escrever algumas ideias sobre futebol.

Desde Chicago (17 de junho de 1994) a Brasília ( 26 de junho de 2014) estive em seis Campeonato­s do Mundo. Disso me orgulho e muito agradeço ao Manuel Tavares, meu diretor em ‘O Jogo’, e ao Vítor Serpa e ao Joaquim Rita, diretor e chefe de Redação, respetivam­ente, em ‘A Bola’, por me terem dado tão grandes oportunida­des. São marcas inapagávei­s na carreira de um jornalista, mas decidi no Brasil que tinha chegado a hora de colocar um ponto final.

A verdade é que nos quatro anos que separam aquele Portugal-Gana do início do Mundial russo, a minha vida profission­al alterou-se por completo: deixei de ser um jornalista dos jornais, passei a ser um jornalista­comentador de televisão, que escreve crónicas no Record e no CM. Se estou nostálgico? Nem pensar! Acho que fiz razoavelme­nte o que me foi solicitado e, afinal, ocupando este espaço com o tema… estou no Mundial. O tempo é dos bons jovens jornalista­s e saberão honrar a profissão.

Para início de conversa... tive sorte. Portugal estreiase hoje no Mundial. Frente à Espanha, já sem Julen Lopetegui, que teve mais olhos do que barriga e ‘foi de vela’. Só que o seu afastament­o em nada muda a minha opinião: acredito que a Seleção conseguirá um bom desempenho e melhor resultado. Sim, considero que um empate é um bom desfecho,

ADOREI OUVIR SANTOS MOSTRAR CONFIANÇA SEM PRESUNÇÃO.

mas estou como Fernando Santos: é jogar para ganhar. Confiante, sem presunção, como muito bem defendeu o selecionad­or.

E depois há um(a) Ducati, que até dá pelo nome de Gonçalo Guedes e tem tudo para ser uma das figuras da competição e muito importante na estratégia lusa. À boleia das suas arrancadas pode muito bem o selecionad­o mostrar outros argumentos que beneficiem o melhor do Mundo. É evidente que CR7 é a nata, mas se tiver por perto parceiros que escrevam o jogo como ele – e há, felizmente, vários para lá de Guedes -, tudo se tornará mais fácil. Jogo a jogo… sem qualquer exigência.

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