Record (Portugal)

FIFA mostra como se faz

- Luciano Gonçalves

Após o jogo com Portugal, um jogador de Marrocos acusou o árbitro norteameri­cano Mark Geiger de ter pedido a camisola de Cristiano Ronaldo ao intervalo. Uma suspeita grave que, obviamente, colocava em causa a credibilid­ade do árbitro, da competição e da própria FIFA.

Uma acusação dessas, não sendo uma denúncia por corrupção, é demasiado grave para não ser alvo de esclarecim­ento. Por isso, poucas horas depois, a própria FIFA emitiu um comunicado onde o próprio árbitro “refutou de forma veemente” a denúncia de Amrabat. O organismo foi ainda mais longe, condenando de “forma inequívoca as afirmações alegadamen­te proferidas por um elemento da se-

ACUSAÇÕES DE AMRABAT SOBRE O ÁRBITRO FORAM ALVO DE CONDENAÇÃO IMEDIATA

leção marroquina”. “Pode ser confirmado que o Sr. Geiger atuou de forma exemplar e profission­al”, diz ainda o comunicado, pedindo às equipas que respeitem “os princípios do ‘fair play’”.

Esta reação mostra que a FIFA leva muito a sério as competiçõe­s que organiza e que percebe, acima de todos, que lançar suspeitas sobre os árbitros é ‘matar’ a galinha dos ovos de ouro. Um (bom) exemplo vindo de cima que deveria ser observado com atenção por todos os agentes de toda a pirâmide do futebol.

Antes de terminar, quero dar os parabéns a Tiago Martins e Artur Soares Dias, que têm atuado como VAR neste Mundial. As informaçõe­s que têm chegado da terra das matrioskas indicam que os seus desempenho­s têm sido bastante elogiados. Mais uma prova de que a arbitragem portuguesa está na vanguarda.

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