FIFA mostra como se faz
Após o jogo com Portugal, um jogador de Marrocos acusou o árbitro norteamericano Mark Geiger de ter pedido a camisola de Cristiano Ronaldo ao intervalo. Uma suspeita grave que, obviamente, colocava em causa a credibilidade do árbitro, da competição e da própria FIFA.
Uma acusação dessas, não sendo uma denúncia por corrupção, é demasiado grave para não ser alvo de esclarecimento. Por isso, poucas horas depois, a própria FIFA emitiu um comunicado onde o próprio árbitro “refutou de forma veemente” a denúncia de Amrabat. O organismo foi ainda mais longe, condenando de “forma inequívoca as afirmações alegadamente proferidas por um elemento da se-
ACUSAÇÕES DE AMRABAT SOBRE O ÁRBITRO FORAM ALVO DE CONDENAÇÃO IMEDIATA
leção marroquina”. “Pode ser confirmado que o Sr. Geiger atuou de forma exemplar e profissional”, diz ainda o comunicado, pedindo às equipas que respeitem “os princípios do ‘fair play’”.
Esta reação mostra que a FIFA leva muito a sério as competições que organiza e que percebe, acima de todos, que lançar suspeitas sobre os árbitros é ‘matar’ a galinha dos ovos de ouro. Um (bom) exemplo vindo de cima que deveria ser observado com atenção por todos os agentes de toda a pirâmide do futebol.
Antes de terminar, quero dar os parabéns a Tiago Martins e Artur Soares Dias, que têm atuado como VAR neste Mundial. As informações que têm chegado da terra das matrioskas indicam que os seus desempenhos têm sido bastante elogiados. Mais uma prova de que a arbitragem portuguesa está na vanguarda.