BRUNO FERNANDES PEDE Empresários e SAD desejam acordos INDEMNIZAÇÃO DE 10 M€
Processo de rescisão do médio deu entrada no TAD, que julgará se houve motivo para justa causa
O processo de Bruno Fernandes, um dos nove jogadores que alegou rescisão de contrato com o Sporting por justa causa, já deu entrada no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). Depois de ter entregue, há cerca de três semanas, a carta para se desvincular dos leões a todas as entidades (clube, Liga, Federação e Sindicato dos Jogadores) o internacional português, de 23 anos, pede agora mais de 10 milhões de euros de indemnização, valor que terá de ser pago ao jogador pelo Sporting se for provada a referida justa causa.
No processo que foi remetido ao TAD, a que teve acesso,
Record
Bruno Fernandes exige uma indemnização no valor de 9.255.610 euros, montante ao qual acresce mais um milhão de euros por danos morais a si causados e, ainda, juros. Apesar de o cálculo da indemniza- ção ter por pressupostos vários termos legais, um dos critérios utilizado pelo médio e pelos seus advogados está relacionado com o valor dos ordenados acordados entre jogador e a SAD aquando da sua contratação, no verão do ano passado, e o remanescente dos mesmos até final do contrato (junho de 2022). Daí que o valor das indemnizações exigidas por cada um dos nove jogadores possa variar. À partida, qualquer litígio laboral no TAD estará resolvido em poucos meses.
Diferentes vias legais
Se no caso da maioria dos jogadores portugueses (William, Bruno Fernandes, Gelson, Rúben Ribeiro, Podence e Rafael Leão) o litígio poderá ser julgado no TAD, quanto a Battaglia, Bas Dost e Rui Patrício será a FIFA a decidir. Os primeiros dois por serem jogadores estran- geiros; o guardião português por já ter assinado por um emblema inglês (Wolves).
Tanto uma como outra entidade vão analisar os processos de cada jogador e decidir se houve fundamento para justa causa. Se os jogadores não o conseguirem provar, terão de ser eles - em conjunto com o novo clube, se for esse o caso - a indemnizar o clube pelos prejuízos sofridos. * A pasta das rescisões foi uma de várias que a SAD liderada por Sousa Cintra herdou. O novo líder da sociedade leonina tem estado a trabalhar em colaboração com Paulo Futre, tendo já reiterado a confiança de que os processos se possam resolver a bem. Para tal, foram já realizadas reuniões com os empresários de cada jogador e, ao que o nosso jornal apurou, todos eles manifestaram a intenção de ser alcançado um acordo entre as partes. Daí que não esteja arredada a hipótese de alguns jogadores regressarem a Alvalade, possível com a formulação de novos contratos. Mesmo os que não desejarem continuar de leão ao peito, podem ser negociados para outros clubes por números próximos do seu valor de mercado.