Zamora: um outro Tratado
joga a Espanha de Ricardo Zamora, um dos melhores guarda-redes de sempre de La Roja, guardando a baliza espanhola no Mundial de 1934, disputado em Itália. Tendo por primeiro adversário o Brasil, o triunfo foi bem tratado. Zamora contribuiu para a vitória, por 3-1, e tornou-se no primeiro guardaredes a impedir um golo de penálti num Mundial, após falhanço do brasileiro Waldemar Brito. Hoje o futebol brasileiro desculpá-lo-á, pois foi ele quem, enquanto treinador, apostou em… Pelé!
No jogo seguinte, Zamora daria mais um tratado de boas defesas, incómodas para Mussolini, o chefe de Estado italiano, mais interessado num Tratado Final favorável aos transalpinos. Nos quartos-de-final mais longos, terá sido Mussolini o omnipresente guia da vitória italiana.
Dois árbitros formaram a companhia de ‘camisas negras’ do Duce e, em dois tempos, dizimaram as esperanças espanholas, fazendo da arbitragem um mau tratado. No primeiro jogo, o juiz belga Louis Baert evitou que a Espanha vencesse a Itália (1-1), condescendendo com a excessiva agressividade dos transalpinos e permitindo um golo precedido de falta sobre um maltratado Zamora que, ainda assim, se man- teve na baliza no prolongamento.
No dia seguinte, nova batalha campal devido à dureza italiana validada por René Mercet, um nada neutral árbitro suíço. A Espanha, mais massacrada pelo jogo da véspera, perdeu, por 1-0, impossibilitada de apresentar vários titulares, e viu, de forma duvidosa, o árbitro anular dois golos.
Em registo Twix, dois árbitros satisfizeram os italianos… duas vezes! Após o