A CORTE INFELIZ DO IM
ADRIEN 2
Cristiano Ronaldo lançou o Mundial com 4 golos que colocaram a Seleção em posição privilegiada para seguir em frente. Mas Portugal provou, uma vez mais, que só tem, em absoluto, mais dois jogadores de nível planetário: Pepe (35 anos) e Rui Patrício (30) – Bernardo Silva só se mostrou em todo o esplendor na segunda parte do jogo com o Uruguai. No resto, a equipa esbarrou nos seus próprios limites
IDADE 30 INT. 73 G. SOF. 65 Uma grande defesa com Marrocos e um Mundial tranquilo e sem sobressaltos, precisamente ao contrário do que a sua vida profissional antecipava. Confirmou credenciais com um dos melhores guarda-redes da Europa com uma dúvida para especialistas: no 2º golo do Uruguai pareceu surpreendido pelo remate de Cavani. Ao acompanhar a bola, quando foi dirigida ao autor do remate, deslocou-se excessivamente para a direita da baliza, desguarnecendo o lado para onde Cavani disparou. IDADE 33 JOGOS 154 GOLOS 85
O jogo inaugural foi épico e entrou direitinho para a história do futebol português. Marcar 3 golos à Espanha no Mundial é um feito extraordinário, que o planeta sublinhou como devia. Com Marrocos, CR7 voltou a ser o Imperador implacável: fez o golo da vitória num jogo que Portugal não mereceu ga- nhar. Frente ao Irão falhou um penálti; com o Uruguai não se viu, em jogo no qual foi o mestre de uma corte infeliz, salva por ele mas que, na hora certa, não conseguiu dar-lhe a mão. IDADE 29 INT. 26 G. 1
Rendeu João Moutinho frente a Irão e Uruguai. Sentiu-se em casa, porque conhece as regras e os parâmetros táticos que a orientam. Mas não fez esquecer o que João Moutinho fizera e acabou por não mostrar a qualidade que lhe é reconhecida. IDADE 25 INT. 40 G. 2 Depois de uma época agitada, na qual não se impôs no Inter e tardou em mostrar o que vale no West Ham, era uma incógnita. Não pelo sublime talento que possui mas pelos efeitos que um ano sem reconhecimento podia ter. Entrou com Marrocos e nunca mais saiu. Ficou sempre aquém do que pode. IDADE 21 INT. 14 G. 3
O último jogo antes do Mundial definiu-o como parceiro ideal de CR7. Roubou então o lugar a André Silva (fez 2 golos à Argélia) mas não cumpriu as promessas no grande palco, onde se revelou disponível e versátil taticamente. No resto, foi sempre infeliz na definição dos lances no último terço do campo.