Record (Portugal)

''Intençao é ficarmos bem''

BRUNO FERNANDES CONFIRMA VONTADE DE NEGOCIAR COM OS LEÕES MÉDIO FALOU PELA PRIMEIRA VEZ DA RESCISÃO

- ALEXANDRE MOITA

Catorze anos depois, José Peseiro está de regresso ao Sporting. O treinador de 58 anos foi oficializa­do por uma época, com outra de opção, e explicou que, tal como da primeira vez, chega aos leões com “muita ilusão, motivação e responsabi­lidade”. No entanto, Peseiro também não nega que hoje a realidade é bem diferente e, por isso, diz mesmo que nesta fase o Sporting corre “contra o tempo”. “Este é um momento conturbado e por isso importa criar um clima de serenidade, estabilida­de e confiança. Partimos um pouco atrás, mas temos confiança e sabemos o que queremos. É importante analisar, organizar e planear para retomar o equilíbrio, a estabilida­de e a organizaçã­o de uma equipa de futebol que é determi- nante, num clube com esta história”, afirmou o treinador, ao lado de Sousa Cintra, explicando que, ainda assim, o atual contexto não “vai impedir o Sporting de ter uma grande equipa” na temporada que se aproxima.

“O Sporting tem na formação grandes talentos e os jogadores que compõem o plantel têm valor. Neste momento, importa também refletir sobre a equipa, os recursos que temos e tudo o que neste momento se debate sobre os jogadores em processo de rescisão. Uma das grandes prioridade­s é fazer com que esses processos tenham retorno. Se não for possível os jogadores voltarem, o Sporting também não vai acabar. Pensamos que alguns podem regressar… Mas temos de ser sinceros, não sei que plantel vou ter quando começar a época. Estamos atrasados, mas não estamos desesperad­os”, considerou o experiente técnico, que vai orientar o primeiro treino já amanhã, sem “receio” do novo desafio.

Boa imagem na despedida

Para José Peseiro, o regresso ao Sporting não se trata de um ajuste de contas, apesar do insucesso em 2004/05 com a perda do campeonato e da final da Taça UEFA. A sua imagem, considera, também não saiu prejudicad­a.

“Sinto que, depois desse ano, sou acarinhado, valorizado pelos sportingui­stas. O Sporting não é campeão desde 2001/02 e, que eu me lembre, desde o meu ano esteve apenas quatro vezes a disputar o campeonato. Uma com Paulo Bento, duas com Jorge Jesus e outra comigo. Gostaria que tivessem sido mais vezes, mas o Sporting também só disputou essa final (Taça UEFA) uma vez… Não vou dizer que isso se vai repetir sempre, mas é um desejo e uma obrigação a candidatur­a que tem de assumir. Passados estes anos, afinal (a minha prestação) foi muito melhor do que avaliaram, mas isso conta pouco para o presente. É um grande desafio treinar o Sporting, um clube em que há a ilusão por se poder ganhar mais vezes e ganhar mais títulos.”

Sobre o facto de as eleições de 8 de setembro poderem ditar um desfecho diferente em Alvalade, José Peseiro não se mostrou minimament­e preocupado. “Não tenho receio, bem pelo contrário. O Sporting demonstrou na última assembleia capacidade de escolher em democracia, em consciênci­a e de forma assertiva, creio eu. O acordo é de uma época. Não fazia sentido para quem vem, carregar um contrato de 2 ou 3 anos como acontecia...” *

“PRIORIDADE É FAZER COM QUE OS QUE RESCINDIRA­M VOLTEM. MAS SE NÃO FOR POSSÍVEL, O SPORTING TAMBÉM NÃO ACABA”

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