Incorrigível otimista
Aconselhando desde já o estimado leitor a dar um ‘salto’ à página 14 deste jornal para ler o texto de opinião de Carlos Barbosa da Cruz – exercício que sugiro que faça todas as quartas-feiras em Record – é dele que retiro a expressão que serve de título a esta prosa. No último parágrafo, o nosso colunista definiu os sportinguistas como “incorrigíveis otimistas”. São-no, de facto, e essa é uma das suas forças para manterem viva a chama da paixão pelo clube.
Nos dias de hoje, o Sporting tem à frente dos seus destinos, concretamente na SAD, um exemplo perfeito desse modo de encarar a vida. Sousa Cintra é um otimista incorrigível. O seu voluntarismo não conhece limites, a sua confiança não olha a obstáculos, a sua capacidade em negociar recusa um ‘não’ como resposta. Por tudo isso, Cintra tornou-se uma escolha adequada ao contexto da crise profunda que o Sporting atravessa.
Sousa Cintra anunciou na televisão os regressos de Bruno Fernandes e Podence. Talvez o tenha feito até de forma extemporânea, mas essa audácia, meia loucura, representa uma irreprimível vontade de conseguir o que quer. O regresso de quem rescindiu reflete a arte da persuasão de um diplomata, mas não deixa de representar um risco para os jogadores. Um risco talvez maior do que a indomável vontade de Sousa Cintra.