Sem dinheiro para se defender
ANDRÉ CARDOSO E O CONTROLO POSITIVO
André Cardoso quebrou o silêncio para falar sobre o seu caso de doping, um ano após ser impedido de se estrear no Tour por ter tido um controlo positivo a EPO. Só que a amostra B revelou um resultado inconclusivo, não se comprovando a substância dopante. Segundo o regulamento da Agência Mundial Antidopagem (AMA), quando a amostra B é negativa, anula a amostra A, resultando na ilibação do ciclista. Mas não foi isso que aconteceu, pois o laboratório que realizou a análise classificou-a como “descoberta atípica”, levando a que tanto a UCI como a AMA insistam na suspensão do português, que tenta a todo o custo provar a sua inocência. Nas próximas semanas poderá haver um veredicto por parte da UCI/AMA.
Em declarações ao Velonews, André Cardoso, então ciclista da Trek, confessou-se desiludido. “A UCI sabe que não sou uma estrela, que não sou um milionário. Não querem admitir o erro do laboratório, porque é mais fácil colocarem-me fora do desporto”, disse. O ciclista pode avançar com o processo para outras instâncias, mas refere não ter “dinheiro para levar o caso ao TAS [Tribunal Arbitral do Desporto]. No momento em que vi a UCI avançar, com cinco especialistas e um grande advogado, vi que era um mau sinal”. *