Record (Portugal)

É Odisseas acreditar em Gedson?

ALERGIA AO GOLO NÃO BELISCA INDISCUTÍV­EL MÉRITO DO BENFICA. NO JOGO DA CONFIRMAÇíO DE UM GUARDA-REDES E DE UM CLONE DE RENATO SANCHES

- José Manuel Freitas Jornalista

Ainda sem Jonas, que abriu a pestana e percebeu que não podia desaparece­r de circulação na Arábia Saudita, fustigado por mais desconfian­ças – depois das toupeiras, as aves – e evidencian­do grande alergia pelo golo (assim Ferreyra não vai lá e é pena…), o Benfica concretizo­u o objetivo de passar o primeiro obstáculo na Liga dos Campeões. E mereceu. Foi melhor no somatório dos dois jogos, não se intimidou com o ambiente turco e até podia ter repetido o triunfo da Luz. Jogo em que garantiu um guarda-redes, Odisseas Vlachodimo­s, e encontrou, parece-me, um clone de Renato Sanches. Que jogo fez Gedson! Daí que não seja uma odisseia Rui Vitória acreditar no seu talento.

Os capitães do Sporting entraram nas eleições leoninas. Entraram porque um candidato, Frederico Varandas, considerou que o clube tem de saber formar melhores capitães, pois não basta escolher campo e bola. Tive de esfregar os olhos e ler três vezes a declaração. Socorro-me de Rui Patrício: 11 épocas ininterrup­tas nos leões, largas dezenas de jogos como capitão, a escolher campo e bola, mas também a mostrar caráter e personalid­ade. Se assim não fosse, o encerramen­to da final da Taça teria sido pura ilusão de ótica.

O Vilafranqu­ense não pôde aceitar o pedido de adiamento do jogo proposto pelo Oleiros por respeito para com interesses e direitos de associados e adeptos. Foi a jogo contra nove, depois contra oito e ganhou por 7-0. Razão tem Jorge Jesus quando defende que o ‘fair play’ é uma treta. Mas FPF e AF Castelo Branco também se podem orgulhar de terem permitido o desafio. Ou como diz o outro: há um pássaro que só canta “cá calharás”.

EM ALTA

Salin – Para quem jogou apenas quatro jogos na época passada, provou frente ao Moreirense que tem condições de titularida­de. Havendo justiça, José Peseiro tem de confiar-lhe a baliza no sábado. E também a entrada no onze a Raphinha e Jovane Cabral.

Bernardo Silva – Vê-lo jogar no City é um regalo para a vista. E merece a pergunta: não é Fernando Santos um treinador de primeira linha? Não restando dúvidas quanto a isso, porque não joga o craque na Seleção como em Inglaterra?

Rúben Neves – Vem aí novo apuramento de Portugal e nem quero acreditar que o médio do Wolverhamp­ton não entre nas contas. E não é só pelo golo que marcou. É por tudo aquilo que pode dar à equipa.

Pizzi – Do benfiquist­a direi o mesmo. Com este início de temporada tem de fazer, obrigatori­amente, parte dos eleitos. Inês e Nelson – Portugal não é só futebol. Como ficou bem evidenciad­o em Berlim. Neste obrigado sentido aos medalhados, mas também a todos os outros atletas, incluo, igualmente, o Luís Lopes: continua aquela máquina na informação de que o telespecta­dor tanto necessita.

O PRIMEIRO PASSO RUMO À FASE DE GRUPOS FOI CONSEGUIDO COM INTEIRO MERECIMENT­O

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