Record (Portugal)

Boas intenções anuladas

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As duas equipas apresentar­am-se estruturad­as em 1x4x3x3, em que a ação ofensiva encontrou polos convergent­es (dinâmica do triângulo no corredor lateral), ainda que a qualidade dos intervenie­ntes seja muito distinta [1]. O jogo começou dinâmico, com o Benfica a querer ser dominante, embora encontrand­o bom opositor. O Nacional tentava ser agressivo e consistent­e sem bola, mas também atrevido no momento do passe.

Aos20 minutos jáo Benficatin­haodomínio e controlo do jogo. Além do seu jogo de posse

O BENFICA CHEGOU AO GOLO NUM MISTO DE TALENTO (SALVIO) E INTELIGÊNC­IA TÁTICA (SEFEROVIC)

habitual, condiciona­va o Nacional, obrigando-o a explorar a profundida­de de Róchez, que não é o seu ADN. Os encarnados acabaram por chegar ao golo num misto de talento (Salvio ‘eliminou’ Decas) e de inteligênc­ia tática (Seferovic desmarcou-se em rotura e ficou na cara do golo) [ 2]. Asaída de Fejsa não augurava nada de bom para a sua equipa e a primeira parte terminou com ameaça do Nacional, não obstante alguns erros de construção, em primeira instância de Júlio César. E, numa inversão de papéis, Seferovic assistiu Salvio no segundo golo.

Ojogo porvezes é ingrato parao treinador. Os madeirense­s estudaram e tentar condiciona­r os pontos fortes dos encarnados, colocando Arabidze na direita para ‘diminuir’ Grimaldo e Vítor Gon- çalves a tentar ‘retirar’ Pizzi da criação. Mas a qualidade individual e coletiva do Benfica fez com que as boas intenções nem sempre fossem concretiza­das.

Osegundo tempo começou comotermin­ouo primeiro: mais um movimento de Seferovic, a conferir profundida­de ao ataque, finalizand­o sobre a esquerda. No Nacional, Palocevic havia rendido Marakis, fazendo com que Vítor Gonçalves ocupasse o vértice mais recuado do triângulo. Esta solução deu mais qualidade ao processe ofensivo, mas, ao defender mais à frente, a equipa tornou-se menos consistent­e.

Emvantagem­e como‘novo’ triângulo criativodo­s donos da casa, o Benfica passou a ter mais espaço. E o jogo fechou aos 75 minutos, quando Pizzi serviu Grimaldo, que tirou partido de uma estrutura posicional defensiva desorganiz­ada [ 3]. Camacho a lateral (impensável!) é um desperdíci­o.

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