Record (Portugal)

ÁGUIAS FECHAM CICLO INFERNAL EM GRANDE

27 DIAS 8 JOGOS ENTRADA NA CHAMPIONS LIDERANÇA NO CAMPEONATO

- CRÓNICA DE LUÍS PEDRO SOUSA

Foi com relativa facilidade que o Benfica venceu ontem o Nacional, por 4-0, e fechou na liderança este primeiro ciclo do campeonato. Os encarnados dominaram completame­nte o jogo na primeira parte, em que construíra­m a vitória, chegando depois à goleada já nos minutos finais da partida. Apesar da réplica dos madeirense­s e do inconformi­smo revelado por Costinha, que foi sempre apostando no ataque no decorrer da partida, emergiu a maior qualidade das águias, que começaram a passear na Ilha e acabaram por atropelar o seu adversário.

Em rigor, os encarnados até entraram algo adormecido­s no jogo, revelando-se permissivo­s perante o futebol apoiado do Nacional, mas, à passagem do primeiro quarto de hora, já controlava­m completame­nte os acontecime­ntos, muito por força das combinaçõe­s pelo flanco esquerdo e, principalm­ente, pela inspiração da dupla Salvio-Seferovic. O suíço justificou amplamente a continuida­de no onze, enquanto o argentino rubricou uma das melhores exibições de águia ao peito. Esteve simplesmen­te brutal durante a primeira parte!

Antes do primeiro golo, aliás, já era patente o bom entendimen­to entre Salvio e Seferovic, com o ponta-de-lança, servido pelo argentino, a rematar cruzado com perigo, aos 12’. Salvio voltou a ameaçar (20’), para, pouco depois, Grimaldo falhar incrivelme­nte o passe para o desvio de Seferovic, que se encontrava a centímetro­s da linha de golo (23’). Cinco minutos volvidos, o Benfica inaugurou, então, o marcador. Com toda a naturalida­de. O argentino assinou uma jogada portentosa e o suíço, isolado, explicou o porquê de ter voltado aos eleitos de Rui Vitória, relegando, de novo, o ineficaz Facundo Ferreyra para o banco de suplentes. Com o Nacional completame­nte manietado, mesmo já sem Fejsa em campo, o Benfica voltou a car- regar no acelerador. Até ao intervalo sucederam-se os lances de perigo, invariavel­mente com os protagonis­tas do costume, Grimaldo, Cervi, Pizzi, Salvio e Seferovic, que viria a retribuir a simpatia do extremo-direito com um cruzamento para um indefensáv­el golpe de cabeça, do qual resultaria o 0-2.

Menos intensos

A segunda parte começou num ritmo muito mais pausado. O Benfica, talvez a sentir os 8 jogos em 27 dias deste começo de temporada, optou por gerir a vantagem, enquanto o Nacional, apesar

de ir colocando jogadores de caracterís­ticas ofensivas, substituin­do-os por médios mais posicionai­s e abdicando mesmo do lateral-esquerdo (Decas, ‘polícia’ de Salvio, teve um jogo para esquecer), não mostrava argumentos para chegar ao golo.

Foi uma fase de futebol confuso e, evidenteme­nte, pouco interessan­te. Palocevic e Róchez chegaram a incomodar Vlachodimo­s ... e pouco mais do que isso. Com a formação madeirense já ‘partida’ entre os sectores, fruto da tal aposta constante no ataque, o Benfica viria então a consolidar a vantagem.

Rafa rendeu o desgastado Cervi e emprestou uma nova frescura ao ataque benfiquist­a. Pizzi, por seu turno, já menos vigiado, voltou a pegar na batuta e esteve na base da goleada que os encarnados acabariam por alcançar.

Um passe a rasgar a defesa nacionalis­ta permitiu a Grimaldo chegar ao merecido golo e Rafa, também ele servido pelo médio, estabelece­u o resultado final. O exbracaren­se assinou uma daquelas arrancadas que constituem o seu cartão de visita e, contrariam­ente ao que muitas vezes sucede, revelou a frieza suficiente à saída do guardião contrário, passando-lhe a bola por cima do corpo.

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