Record (Portugal)

COM PEPE E 100 PEPE

MODRIC REVELA “Ronaldo enviou-me mensagem a dar os parabéns”

- CRÓNICA DE ANTÓNIO MAGALHÃES

A renovação está em marcha mas não dispensa determinad­os pilares. Pepe é um deles e ontem contribuiu de forma decisiva para resolver um problema que se agudiza na ausência de Cristiano Ronaldo. Mas há gente nova que está pronta para ganhar o seu lugar e que deu provas disso mesmo frente à Croácia.

O teste com o vice-campeão do Mundo foi um bom ensaio para a estreia na novíssima Liga das Nações que acontecerá segunda-feira com a Itália. O jogo de alta exigência colocou à prova uma seleção com sangue novo, ainda que familiariz­ado com o meio. Sentiu-se naturalmen­te a ausência de Cristiano Ronaldo, mas também se notou a diferença de jogar com Cancelo, Rúben Neves e Bruma. Todos eles criaram boas vibrações e até Pizzi, que tantas vezes pareceu um corpo estranho na Seleção, apareceu ao nível do jogador influente que é no Benfica. Tivéssemos um André Silva mais certeiro na hora da finalizaçã­o (não há no banco outro homem-golo) e certamente Portugal teria conquistad­o no Algarve aquilo que merecia.

Bom e bonito

Tal como prometera, Fernando Santos lançou a equipa em 4x3x3, sendo que a surpresa foi a inclusão de Bruma no onze, jogando pela esquerda, enquanto Bernardo Sil- va jogou no flanco direito. Bruma foi, aliás, o grande agitador até meio do tempo, altura em que Bernardo – que já reclamava protagonis­mo com o apoio de Cancelo – passou a ser a figura principal. Com Bruma e Bernardo foi o bom e o bonito, sobretudo quando houve dos restantes a pressão e a agressivid­ade suficiente­s para roubar a bola aos croatas. Quando isso não aconteceu, os vice-campeões do Mundo fizeram-na circular e ameaçaram seriamente a baliza de Patrício.

Foi nesta altura que Perisic colocou a Croácia em vantagem num lance que resulta de um pas- se lateral e de risco de Mário Rui para Rúben Neves. O ‘lobo’ foi atacado, perdeu a bola e dali ao golo foi um pulinho, com um ressalto no caminho. Portugal abanou, mas não muito. A dupla Rúben/William foi acertando o passo, definindo melhor o seu posicionam­ento e movimentos. William libertou-se mais para a função de 8, transporta­ndo jogo e arrastando a equipa para zonas mais adiantadas. O golo de Pepe surgiu com naturalida­de, a equipa galvanizou-se e os artistas voltaram a aparecer. Mais do que isso, Portugal impôs a sua dinâmica e bom jogo, partindo

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