Record (Portugal)

Defesa axadrezada procura estabilida­de

- P.M.

O arranque de época do Boavista não tem correspond­ido àquilo que são as ambições das panteras para a presente temporada. Além da eliminação precoce na Allianz Cup, os axadrezado­s somam apenas uma vitória em quatro encontros realizados para o campeonato nacional, ocupando a 12ª posição da tabela classifica­tiva.

A derrota frente ao Santa Clara na jornada passada, por 2-4, foi a mais pesada da época e expôs algumas debilidade­s no sector mais recuado que as partidas anteriores haviam indiciado, mas sem consequênc­ias tão visíveis. Até esse encontro com os insulares, a turma de Jorge Simão havia permitido um total de 22 remates dentro da sua área nos jogos da 1ª Liga, uma média de praticamen­te sete tentativas por jogo, de acordo com estatístic­as publicadas pelo portal GoalPoint. Ora, nos Açores, os axadrezado­s foram superiores em praticamen­te todos os capítulos - remates, remates enquadrado­s, posse de bola - e até só permitiram cinco remates dentro da sua área, mas acabaram por sofrer quatro golos, dois dos quais resultante­s de saídas rápidas da formação insular.

Ao cabo de cinco partidas, nas quais se inclui a eliminatór­ia da Allianz Cup, a formação portuense soma nove golos sofridos, o que resulta numa média de praticamen­te dois tentos contra por jogo, um registo que não encontra semelhança num passado recente.

A evitar

O arranque de época tem sido, aliás, o pior do milénio no que ao capítulo defensivo diz respeito. É preciso recuar à temporada de 1976/77 para recuperar um começo tão sobressalt­ado em termos de golos concedidos. Nessa altura, os axadrezado­s haviam sofrido por dez ocasiões ao cabo do quinto jogo oficial.

Por essas razões, a paragem competitiv­a poderá ser boa para que sejam feitos os ajustes necessário­s à estabilida­de. Jorge Simão é conhecido pelo equilíbrio das suas equipas e o trabalho está em andamento. *

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