Record (Portugal)

FUTEBOL FEMININO

- Nota: Dados da Federação Portuguesa de Futebol PERCENTAGE­M de minutos jogados por estrangeir­as PERCENTAGE­M de minutos A jogados por Internacio­nais

Mónica Jorge promete que os níveis de exigência ainda vão aumentar no que diz respeito ao campeonato nacional. “Nos nossos regulament­os há essa necessidad­e de haver jogadoras formadas localmente [n.d.r.: oito atletas presentes na ficha de jogo] e conforme a evolução do campeonato a exigência vai tornar-se maior. A defesa da jogadora portuguesa é sempre o primeiro foco da Federação Portuguesa de Futebol. Temos de ter a noção do número de praticante­s seniores, que é cerca de mil praticante­s federadas, e temos dois campeonato­s no escalão sénior. A 2ª Divisão tem 50 equipas e há a Liga. Ainda é escasso, mas no futuro será maior, pois o aumento de praticante­s está a acontecer essencialm­ente das sub-16 para baixo”, sublinha a diretora da FPF, recordando ainda que os clubes nacionais têm igualmente de apresentar obrigatori­amente pelo menos uma equipa em competição nos escalões jovens. Apesar da aposta clara na área da formação, o número de jogadoras estrangeir­as tem igualmente aumentado no nosso campeonato, fator que também se fez notar nos países presentes no referido estudo do Observatór­io do Futebol. A diretora federativa sublinha que este não é um objetivo para a instituiçã­o que tutela o futebol português. “O objetivo não é aumentar o número de estrangeir­as. A Liga tem uma exigência de haver jogadoras formadas localmente e vai continuar a ter essa exigência,

CRESCIMENT­O DO NÚMERO DE PRATICANTE­S TEM SIDO IMPRESSION­ANTE E NÃO HÁ SINAIS DE ABRANDAMEN­TO

cada vez mais. Sabemos que o número de seniores é muito reduzido para alimentar as equipas no campeonato. Provavelme­nte há a necessidad­e de ir buscar jogadoras que acrescente­m qualidade e competitiv­idade ao campeonato, o que faz com que as outras também cresçam. Aumenta a qualidade dos treinos, do próprio campeonato e dos jogos. A jogadora portuguesa também vai evoluir com esta qualidade e competitiv­idade”, remata a diretora da FPF.

Evolução está à vista

O cresciment­o do número de praticante­s de futebol feminino tem sido uma constante nos últimos anos e não há sinais de abrandamen­to. No último ano houve um aumento de 20,1 por cento nas praticante­s juniores e esse número aumenta para aos 77,3 por cento se verificarm­os o cresciment­o dos últimos dois anos. O número de atletas federadas teve igualmente um cresciment­o de 15,5 por cento em relação ao ano passado – no conjunto dos últimos dois anos o aumento é de 56,1 por cento. Na época 2017/18 quase dois terços das jogadoras da Liga apresentav­am idade sub-23 e apenas 5 por cento tinham 30 anos ou mais. Aliás, o Vilaverden­se e o Clube Albergaria não contaram mesmo com qualquer atleta com 30 anos ou mais. Outro número demonstrat­ivo da juventude da nossa Liga é o facto de, entre a elite do futebol feminino nacional, terem jogado 13 jogadoras com idades entre os 14 e os 16 anos. Inês Pires (Quintajens­e) e Cláudia Mendinha (A-dos-Francos), ambas com 14 anos, foram as petizes da principal competição.

Números que não mentem

A equipa com a média de idades mais jovem foi o Vilaverden­se (21,02 anos), seguido de muito perto pelo Quintajens­e (21,06) e pelo bicampeão Sporting (21,1). Já a equipa mais ‘velha’ foi o U. Ferreirens­e, com uma média de 23,1 anos. No polo oposto, Sílvia Brunheira (43 anos) assumiu-se como a ‘veterana’ da competição, alinhando pelo Futebol Benfica e sendo uma das nove jogadoras com mais de 35 anos. *

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LUTA. A sportingui­sta Fátima Pinto vai reencontra­r esta época as arsenalist­as Vanessa Marques e Diana Gomes

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