Record (Portugal)

“Não subestimam­os o Benfica”

BAYERN ROBBEN, RIBÉRY E GORETZKA EM DÚVIDA

- ENVIADOS DAVID NOVO E FERNANDO FERREIRA MUNIQUE. ALEMANHA

início de setembro, acompanhou João Benedito a Munique. Na altura, o então candidato à presidênci­a do Sporting teve uma reunião com Karl-Heinz Rummenigge, presidente executivo do Bayern Munique, para conhecer ao pormenor o modelo de gestão do clube alemão. No final, a equipa de reportagem do nosso jornal abordou o dirigente para uma entrevista a propósito do confronto de amanhã entre os bávaros e o Benfica. Karl-Heinz Rummenigge aceitou de imediato, mas com uma condição: a agenda preenchida para aquele dia apenas permitiria conversar durante cinco minutos.

E para começar, Record tentou perceber se o todo-poderoso Bayern Munique assume o favoritism­o neste Grupo E da Liga dos Campeões, tendo em conta que é o emblema com mais conquistas: cinco, mais uma do que o Ajax. No entanto, o presidente executivo dos bávaros, de 62 anos, prefere adotar uma postura mais cautelosa para esta edição da prova. “Temos o Benfica, o Ajax e o AEK, talvez a equipa que corre por fora. Na minha opinião, é fundamenta­l que nenhum clube menospreze os outros clubes presentes no grupo”, atirou Karl-Heinz Rummenigge. Depois, o líder do hexacampeã­o alemão centrou atenções na 1ª jornada da fase de grupos. “O Bayern Munique tenta sempre qualificar­se para os oitavos-de-final. Esse é o nosso primeiro objetivo, como será certamente também o de Benfica e Ajax. É importante começarmos bem, queremos um bom resultado, mas também é verdade que o Benfica, especialme­nte em Lisboa, é um adversário complicado. Por isso, vai ser um jogo difícil e repito que não podemos subestimar o Benfica”, defendeu o líder do clube alemão. A história mostra que, em quatro visitas à casa das águias, o Bayern Munique venceu um jogo e empatou os outros três. E Karl-Heinz Rummenigge sabe do que fala, porque acompanhou todos de perto, em cargos diferentes. Em 1976 e 1981 jogou pelos bávaros nos dois nulos em Lisboa na Taça dos Campeões Europeus; em 1995, desempenha­va as funções de vice-presidente, por ocasião do confronto na então denominada Taça UEFA; há dois anos, na Liga dos Campeões, o presidente executivo assistiu à igualdade a dois golos entre os dois clubes na 1ª mão dos quartos-definal. Em todas as eliminatór­ias, os bávaros seguiram em frente, principalm­ente devido aos resultados obtidos na Alemanha.

Reencontro­s

O jogo entre os dois clubes marca o regresso de Renato Sanches a Portugal para defrontar o clube onde se formou e que o lançou para o futebol, tendo depois rumado à Bun- desliga a troco de 35 milhões de euros, mais 45 milhões mediante o cumpriment­o de objetivos. Haverá, todavia, espaço para mais reencontro­s no embate de amanhã. No meio da conversa com Record, Karl-Heinz Rummenigge fez questão de recordar alguém com quem mantém o contacto regularmen­te. “Tenho uma boa relação com Domingos Soares de Oliveira, que também faz parte da Associação Europeia de Clubes. É um grande amigo meu e vou aproveitar para reencontrá-lo em Lisboa”, atirou o presidente executivo do colosso germânico. O alemão liderou a entidade durante nove anos e, agora, é presidente honorário; Domingos Soares de Oliveira, administad­or-executivo da SAD do Benfica, é membro da direção da ECA desde o ano passado. *

“O BENFICA, ESPECIALME­NTE EM LISBOA, É UM ADVERSÁRIO COMPLICADO”, DEFENDEU O DIRIGENTE DOS BÁVAROS

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EMPATE. A última visita do Bayern a Lisboa foi a 13 de abril de 2016. Os alemães, orientados por Pep Guardiola, empataram (2-2) na Luz. Ribéry e André Almeida poderão repetir o duelo

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