EM TERRAS ÁRABES
Devagar, devagarinho, para não ‘machucar’. Depois de cair nos ‘quartos’ do Mundial, na Rússia, o Brasil de Tite somou a terceira vitória seguida, ultrapassando, em ritmo lento, a Arábia Saudita, com golos de Gabriel Jesus e Alex Sandro, este já no tempo extra. O selecionador canarinho deixou Militão (FC Porto) no banco e voltou a apostar num meio-campo com três médios (Casemiro, Fred e Renato Augusto). No ataque, apostou em Gabriel Jesus, apoiado por Coutinho e Neymar, mas o ritmo foi sempre de treino, com a equipa a mostrar que o jogo com a arquirrival Argentina, na próxima terçafeira, já estava na cabeça dos jogadores. É certo que o Brasil foi sempre melhor do que o conjunto árabe, mas mostrou muitas dificuldades em ultrapassar a barreira defensiva. Neymar, a estrela maior da companhia, foi quem mais tentou, mas os canarinhos revelaram sempre pouca vontade.
Jogo morno e com pouco interesse que só perto do intervalo teve o grande momento da 1ª parte: Gabriel Jesus colocou o Brasil na frente, quebrando o jejum de sete jogos sem marcar (último golo tinha sido a 10 de junho, frente à Áustria). Ao intervalo, Tite fez mudanças e lançou Lucas Moura no lugar de Fred. COMO JOGOU O BRASIL
Gabriel Jesus e Alex Sandro fizeram os golos num jogo disputado em ritmo de treino
Com a entrada do extremo do Tottenham, o Brasil passou a dominar melhor o rival (aos 51’, isolado, permitiu a defesa de Al Owais), criou mais oportunidades, mas, a bem da verdade, sempre... devagar e devagarinho.
O segundo golo surgiu já no último minuto da compensação: Alex Sandro, de cabeça, deu o melhor seguimento ao canto de Neymar, que antes recebera forte ovação dos sauditas. O craque respondeu com sorrisos e aplausos.
No final, o selecionador Tite admitiu que o Brasil esteve abaixo das expectativas: “A equipa costuma jogar melhor e produzir mais, mas não teve o desempenho que esperávamos. Não convenceu mas venceu porque há criatividade no ataque.” *