Record (Portugal)

MILAGRE DE GOMES PÕE FIM À MALDIÇÃO

- MIGUEL AMARO

CANÁRIOS VOLTAM A PONTUAR EM CASA Golo (90’+5) contestado pelos visitantes, mas, sem VAR, bola no braço não foi penalizada

Uma equipa moralizada por uma goleada fora (7-2, em Coimbra) e outra em crise, após três derrotas seguidas. À partida, o favorito estava encontrado, mas o Estoril precisava de afastar de vez a recente maldição de não ganhar em casa. No início, parecia que o ia conseguir, entrou a dominar, mas bastou o Varzim colocar-se em vantagem – grande chapéu de Jonathan – para acordar o fantasma da Amoreira. A equipa da casa acusou o golo e enervou-se ainda mais. O meiocampo, sem Gonçalo Santos, era demasiado macio e o estreante Matheus parecia perdido. Ninguém acertava na baliza e foi preciso Stanley marcar na própria. O Estoril entrou melhor após o intervalo, mas aconteceu novo contratemp­o: canto do Varzim e autogolo de João Gomes. Outra vez o candidato à subida em pressão e o aflito a acreditar que ia acabar com a crise. Jogo partido, os da casa em desespero pelo passar do tempo e os visitantes a tentarem arrumar a questão com um terceiro golo. Ficaram perto (76’), mas ninguém emendou o centro-remate de Baikoro. Na outra área, aos 87’, Roberto falhou um daqueles golos que não costuma falhar e o Estoril parecia destinado à terceira derrota caseira nesta 2ª Liga. No entanto, no último suspiro, conseguiu ganhar um ponto.

Livre marcado para a confusão da área e o milagre aconteceu. Três estorilist­as saltaram à bola e, depois de um ressalto em Queirós, João Gomes aproveitou a sobra para fazer o 2-2. Os homens do Varzim reclamaram mas não havia fora-de-jogo e, em relação à bola ter batido no braço, falta saber se o árbitro considerou ressalto ou se não viu. Lance difícil, que até com VAR seria uma dor de cabeça avaliar. O empate acabou por doer mais ao Varzim, que assim continua em crise. *

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