MILITÃO FECHOU A BALIZA
Entrada em cena foi decisiva para blindar defesa. Só um golo sofrido em sete jogos na Liga
Quando fincou pé na contratação de Éder Militão e antecipou a sua integração no plantel, inicialmente prevista para janeiro, a SAD acreditava que o jovem brasileiro iria fazer a diferença na organização defensiva da equipa de Sérgio Conceição. E não se enganou. O central começou por ficar de fora, ambientando-se a uma nova realidade, e viu a equipa consentir cinco golos nas primeiras três jornadas do campeonato, cenário pouco habitual na história do clube.
Foi então que Conceição sacou o trunfo da manga e o lançou na receção ao Moreirense. O brasileiro teve intervenção no primeiro golo dos dragões e abriu caminho para uma trajetória amplamente elogiada. Aos 20 anos, Militão transformou-se no patrão da defesa e numa das maiores referências da sua ge-
ÚNICO REFORÇO QUE VINGOU ESTA ÉPOCA PERMITIU REEDITAR DUPLA DE CENTRAIS BRASILEIROS QUE NÃO SE VIA DESDE 1990/91
ração a nível internacional. Os números não enganam e desde que o brasileiro entrou em cena, já lá vão sete jogos na Liga, Iker Casillas só foi buscar a bola ao fundo da baliza por uma vez, na derrota na Luz, mesmo assim com Éder Militão como melhor portista.
Não estranhou, por isso, que o jovem central tenha sido chamado à seleção principal do seu país, jun- tamente com Felipe, honrando outras duplas canarinhas que fizeram história no FC Porto, como foram os casos de Geraldão/Celso e Aloísio/Geraldão. Foi preciso aguardar mais de 25 anos para ver uma parceria brasileira vingar no centro da defesa e até ao momento os resultados são muito positivos.
“Já acompanho o Éder desde as seleções jovens e trata-se de um central com grande margem de progressão. Além de ser alto e rápido, tem muita tranquilidade, não comete muitas faltas. É um jogador de clube grande e tem condições para ir ao Mundial”, referiu Aloísio a Record, congratulando-se com o facto de o FC Porto ter de novo uma dupla canarinha: “É bom ver. Também formei uma dupla muito boa com o Geraldão.” *