"Eles não são amigos. Estão aqui para me deter"
A REAÇÃO DE BRUNO DE CARVALHO QUANDO A POLÍCIA FOI A SUA CASA
FICOU DETIDO MAIS UMA NOITE
Os depoimentos de Bruno de Carvalho e de Mustafá, referentes à investigação da invasão à Academia de Alcochete, foram adiados para o dia de hoje, mais propriamente a partir das 10 horas. O que significa que quer o ex-presidente do Sporting, quer o chefe da claque Juventude Leonina passaram mais uma noite na cadeia, a terceira após as detenções, domingo. A greve dos funcionários judiciais foi a causa do atraso nos interrogatórios.
No dia de ontem, BdC e ‘Musta’ saíram dos postos da GNR, de Alcochete e Montijo respetivamente, pouco depois das 9 horas com destino ao Tribunal do Barreiro. A essa hora, já marcavam presença nas imediações do estabelecimento de Justiça cerca de duas dezenas de funcionários judiciais a manifestarem-se, bem como um grupo
A PSP FOI OBRIGADA A AUMENTAR O DISPOSITIVO DE SEGURANÇA, DEVIDO À FORTE CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS
de apoiantes de Bruno de Carvalho, assim como José Preto, advogado do antigo presidente dos leões, e a sua irmã Alexandra Carvalho, tendo ambos recusado falar à comunicação social.
Com demasiadas pessoas concentradas no local, a Polícia de Segurança Pública (PSP) foi obrigada a montar um enorme dispositivo de segurança, com vários elementos que alargaram o perímetro, de forma a manter a paz. Por volta das 9h40 entravam ambos na garagem do tribunal, depois de algumas manobras de diversão protagonizadas pela GNR para evitar tumultos. Perto das 11 da manhã, hora na qual os funcio- nários teriam anunciado que retomariam os postos de trabalho, já era expectável que os interrogatórios se prolongassem até ao dia de hoje. Ao meio dia, finalmente os arguidos foram chamados para identificação, ao que se seguiu a consulta do processo por parte dos advogados. Após a pausa para almoço continuou a leitura do processo e antes das 16 horas era confirmado que as declarações apenas seriam prestadas hoje. *