Record (Portugal)

RÚBEN NEVES SEM RESSENTIME­NTOS

Regressos de José Fonte, Guerreiro e João Mário podem ditar alterações nas escolhas para Itália

- PEDRO GONÇALO PINTO

Com José Fonte, Raphaël Guerreiro e João Mário de novo na Seleção Nacional, Fernando Santos garantiu que não chamou a artilharia pesada para os encontros com Itália e Polónia. No entanto, a verdade é que esses três campeões europeus – a quem se juntava o entretanto dispensado André Gomes – estão entre os atletas mais utilizados pelo engenheiro ao longo dos mais de quatro anos no comando da equipa das quinas. Agora, vê-se com uma daquelas boas dores de cabeça: o que fazer taticament­e com os regressos dessas referência­s?

Olhando para os quatro jogos desde o Mundial (particular­es com Croácia e Escócia e encontros para a Liga das Nações com Itália e Polónia), salta logo à vista um onzebase. Aliás, nos três primeiros, com Croácia (1-1), Itália (1-0) e Polónia (3-2), a aposta caiu em Rui Patrício, João Cancelo, Rúben Dias, Pepe, Mário Rui, Rúben Neves, William Carvalho, Pizzi, Bernardo Silva, Bruma e André Silva, sendo que a única diferença registou-se frente à Polónia, com Rafa a entrar para o lugar de Bruma, que teve problemas intestinai­s no dia da partida em Chorzow. Já diante da Escócia (3-1), Fernando Santos aproveitou para fazer alguns testes, acabando por promover as es- treias de Cláudio Ramos, Pedro Mendes e Hélder Costa.

Quase sempre titulares

Entre os três campeões europeus que estão de volta, Guerreiro é aquele que terá mais possibilid­ades de entrar diretament­e no onze. O lateral do Borussia Dortmund, que foi titular em todos os encontros de Portugal no Mundial, tem porta aberta para regressar ao lugar que tem sido ocupado por Mário Rui, até porque já tem um trajeto mais experiente ao serviço da equipa das quinas. Como se não bastasse, Guerreiro, um dos jogadores que Fernando Santos estreou no seu ‘mandato’, foi titular em todos os jogos oficiais que disputou (17), nunca tendo sido suplente utilizado. Aliás, o caso é semelhante ao de José Fonte, que se afirmou no centro da defesa a partir dos ‘oitavos’ do Euro’2016 e só largou o lugar depois do Mundial. Agora no Lille, Fonte conta com 19 jogos oficiais como titular e apenas três enquanto opção a saltar do banco. O problema é que Pepe segue firme no onze e Rúben Dias é visto como um dos valores mais seguros na mudança de geração na defesa. Também complicado é o regresso de João Mário ao onze. O médio do Inter, que começa a ganhar fulgor nesta fase da temporada, vê Rúben Neves firme como 6, enquanto William Carvalho descobriu novas funções ao lado de Pizzi. Resta saber como é que Fernando Santos irá integrar os campeões de regresso. *

GUERREIRO DEVE REGRESSAR AO LUGAR QUE TEM SIDO DE MÁRIO RUI. VIDA MAIS DIFÍCIL PARA JOÃO MÁRIO E JOSÉ FONTE

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 ??  ?? OPÇÕES. Fernando Santos pensativo quanto ao onze a apresentar
OPÇÕES. Fernando Santos pensativo quanto ao onze a apresentar

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