SERGIO RAMOS ACUSOU DOPING
Central do Real Madrid teve análise positiva na final da Champions, mas a UEFA arquivou o caso
Dexametasona! Esta foi a substância detetada, segundo o Football Leaks, na urina de Sergio Ramos na final da Liga dos Campeões (3 de junho de 2017), em Cardiff, que o Real conquistou (4-1) frente à Juventus. A UEFA arquivaria o caso, dando por válidas as explicações do central e do médico do clube.
Um dia após o Real ter vencido a prova pela décima vez (4 de junho), uma amostra chegou ao laboratório de Seibersdorf (Áustria). Continha vestígios de dexametasona. Ramos foi contactado (6 de junho), sendo-lhe solicitada uma explicação. Demorou, mas respondeu (10 de julho). Em quatro linhas! Sustentou que o médico do Real o tratara na véspera da final, apresentando o boletim clínico do tratamento. “Espero que isto esclareça totalmente a situação”, anotou.
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) só permite a administração de dexametasona antes dos jogos se o médico da equipa a informar durante o teste. Ora, o formulário anexado à amostra não fazia referência à dexametasona. Dizia que Ramos recebera duas injeções articulares (ombro e joelho) de um medicamento distinto: Celestone Chronodose, mais conhecido por betametasona, também ela proibida. Quando se descobriu a presença de dexametasona, o médico frisou que se equivocara ao mencionar a substância. “O erro foi provocado pela euforia que se seguiu à vitória”, justificou. A UEFA deu como boa a explicação e encerrou o caso. O Football Leaks revelou outra situação verificada com Ramos, desta feita a 15 de abril de 2018, após o jogo em Málaga para a Liga. O capitão do Real terá tomado banho antes de se submeter ao teste, violando as regras da Agência Espanhola Antidopagem (AEPSAD).
Comunicado do clube e... CR7
Através de um comunicado, o Real garantiu que Ramos nunca infringiu qualquer normativa do controlo antidoping, recordando que a UEFA encerrou o assunto após o mesmo ter sido analisado pelos seus peritos e os da AMA. A AMA desmentiu a existência de qualquer irregularidade nos controlos antidoping da UEFA a Ramos. O Football Leaks deu ainda conta de um episódio alegadamente ocorrido a 1 de fevereiro de 2017. A UEFA realizou nesse dia um con- trolo surpresa a dez jogadores do Real em Valdebebas, centro de estágios do clube. A delegação da UEFA terá perdido o controlo da operação devido a queixas dos atletas, principalmente de Ronaldo. Cristiano terá dito que era sempre um dos escolhidos para se submeter aos testes, provocando um caos durante a recolha de sangue. “Após a UEFA ter recolhido as amostras de Ronaldo e Kroos, o staff médico do Real entrou na sala e ‘picou’ os outros oito jogadores”, assegurou o Football Leaks. O comunicado emanado pelo Real também se debruçou sobre este assunto. “O clube não se pronuncia face à evidente insustentabilidade [da informação]”, lê-se no documento. *
ENCONTRADA DEXAMETASONA NA URINA DO ESPANHOL. A AMA DESMENTIU IRREGULARIDADES NOS CONTROLOS AO DEFESA