“Temos uma grande equipa”
LEÕES PODEM SELAR O APURAMENTO BAS DOST TIRA O SONO AOS AZERIS
Homem de poucas palavras e de respostas diretas, o treinador do Sporting, Marcel Keizer, tem os objetivos perfeitamente traçados para o futuro imediato do leão – que passa pelo embate de hoje, frente ao Qarabag –, mas também para aquilo que deseja ver enraizado na sua equipa a médio/longo prazo: um futebol de cariz ofensivo, bem jogado, com velocidade de processamento e, acima de tudo, com... qualidade.
A vitória, como não poderia deixar de ser, é o principal objetivo do Sporting na deslocação a Baku, mas para o técnico leonino, de 49 anos, é igualmente importante que o leão mostre a qualidade que os seus intervenientes são capazes de colocar em campo, seja onde for e contra quem for. “O primeiro objetivo aqui é ganhar o jogo. Ganhar bem, com bom futebol, um futebol atrativo se for possível. Mas, acima de tudo, o principal objetivo é mesmo vencer. É esse o nosso foco”, começou por dizer Keizer, na conferência de antevisão do jogo com o Qarabag. De fora da viagem para o Azerbaijão ficaram 11 jogadores, uns por lesão (Battaglia, Ristovski, Raphinha e Montero), outros por castigo (Mathieu e Acuña) e outros ainda que não estão inscritos nas competições europeias (Lumor, Marcelo, Bruno César, Misic e Castaignos). No entanto, e apesar de ter sido ‘obrigado’ a chamar para este jogo três miúdos da equipa de sub-23 (Diogo Sousa, Thierry Correia e Tiago Djaló), Keizer não tem dúvidas de que o Sporting dará uma resposta positiva hoje no Estádio Olímpico de Baku. “Temos uma grande equipa e não apenas 11 jogadores, mas sim 25. É claro que houve jogadores que tiveram de ficar em Lisboa, mas quem está cá vai jogar um bom futebol”, começou por dizer o holandês, completando: “Estamos juntos há três semanas, aprendemos uns com os outros, todos os dias. Mudar a forma de jogar nem sempre resulta com a mudança de jogadores, mas sim com alterações na forma ofensiva e defensiva.”
Coletivo à frente do individual Questionado sobre qual tinha sido o jogador que mais o tinha surpreendido, Keizer não fugiu do ‘guião’ que acompanha a sua metodologia comunicacional: o coletivo é sempre o mais importante. “Não gosto de falar dos jogadores individualmente. Não gostei muito dos primeiros dez ou quinze minutos do primeiro jogo, mas depois tudo funcionou melhor, marcámos quatro golos, houve um sentimento positivo no final e falámos sobre o que poderíamos melhorar enquanto equipa.” Sobre o jogo, Keizer antecipa um duelo “interessante”: “Vi três jogos deles. Bom futebol, moderno. Bons em posse e em contra-ataque. Ambas as equipas vão querer ganhar e isso será interessante.” *
“TEMOS UMA GRANDE EQUIPA E NÃO APENAS 11 JOGADORES, MAS SIM 25”, SUBLINHOU O TREINADOR SOBRE AS BAIXAS