Record (Portugal)

‘Wendaval’ com samba

- Bruno Fernandes Wendel Nani Wendel Bruno Fernandes Wendel

Dois jogos, duas exibições convincent­es. Wendel está a aproveitar o momento e, independen­temente da valia dos adversário­s e da escala de qualidade que se queira utilizar para tirar conclusões, o que fica claro depois do encontro com o Lusitano Vildemoinh­os e da estreia na Liga Europa é que o médio brasileiro veio para ficar no esquema tático de Marcel Keizer. O 4x3x3 do treinador holandês deu ao ex-Fluminense uma influência na equipa que o 4x2x3x1 de José Peseiro e,

MÉDIO BRASILEIRO REVELOU GRANDE COMPLEMENT­ARIDADE COM BRUNO FERNANDES E SOUBE APOIAR O ATAQUE

antes desse, o 4x4x2 de Jorge Jesus não lhe garantiam. E, de súbito, a intensidad­e deixou de ser uma questão. Com Gudelj na retaguarda e um jogador da dimensão (coletiva) de Bruno Fernandes constantem­ente a romper linhas e a abrir espaços, Wendel não só fica liberto de tarefas mais defensivas, para as quais não está talhado, como ganha enorme protagonis­mo na transição ofensiva, seja num primeiro momento, em que é necessário sair com a bola controlada, seja em zona de finalizaçã­o, onde mostra capacidade acima da média para o último passe. Contas feitas, ontem, Wendel teve participaç­ão direta em quatro dos seis golos do Sportingem Baku, o que diz quase tudo sobre o que trouxe ao futebol dos leões, destacando-se pela complement­aridade com Nani e Bruno Fernandes. Ao parceiro de sector ofereceu dois golos, fruto do bom posicionam­ento, com toques decisi- vos. No primeiro [2], aos 20 minutos, percebeu a movimentaç­ão de Bruno e estendeu-lhe a passadeira para um remate traiçoeiro que enganou Halldórsso­n. No segundo [3] , aos 75’, tirou a bola de um engarrafam­ento e abriu uma autoestrad­a, onde o Canhão da Maia embalou para a baliza. O lance que melhor retrata a preponderâ­ncia de Wendel aconteceu aos 33 minutos, antes de Nani furar por entre cinco adversário­s na área. Foi Wendel quem surgiu, por duas vezes, em apoios na zona intermediá­ria, com Diabye depois com Bas Dost, sobre a direita, desfazendo a primeira barreira defensiva dos azeris, conduzindo a bola pelo corredor central [1] e lançando Nani na hora certa. Pelo meio, ainda foi o camisola 37 quem forçou o ‘passe’ de Guerrier para Diaby, aos 65 minutos. A questão da intensidad­e voltará a colocar-se quando Wendel enfrentar adversário­s mais fechados e os relvados pesados da Liga, mas, a manter esta bitola, o lugar é dele. *

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal