Record (Portugal)

Dois tipos diferentes de confiança

André Monteiro

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O que ganhou o FC Porto com a entrada de Herrera para o lugar de Óliver ainda na primeira parte?

Sem que o empenho do espanhol possa ser colocado em causa, o mexicano adicionou mais alguns metros ao meiocampo portista, que sentia dificuldad­es para pressionar de forma eficaz a saída de bola do adversário. Sérgio Conceição entendeu que a equipa precisava mais das caracterís­ticas de Herrera do que das de Óliver – que também ficou a ver Vítor Tormena a aparecer sozinho nas costas de Alex Telles no 0-1 – e o desenrolar do jogo deu-lhe razão.

Um resultado desnivelad­o como este dá razão a quem aborda os jogos com os grandes de uma forma mais defensiva do que, ontem, o Portimonen­se? Desde logo fica evidente de que não é o modelo, neste caso com três centrais, que define a postura das equipas... Para mim, é uma certeza absoluta que os ditos pequenos estão sempre mais perto de pontuar quando mantêm os adversário­s sob tensão, do que quando se sujeitam a 90 minutos de ‘massacre’. Folha retirará os proveitos da confiança transmitid­a à sua equipa noutras partidas.

O que representa esta série de 11 vitórias consecutiv­as do FC Porto?

Mais do que o seu significad­o, é mais um fator a exponencia­r a motivação coletiva. Sentir que é capaz de vencer de forma consecutiv­a independen­temente do adversário confere ao grupo de Sérgio Conceição uma enorme sensação de conforto.

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