“A mentalidade é que estava mal”
Treinador não gostou da entrada “passiva, sem intensidade e velocidade” da sua equipa e confessou que a única coisa que pediu aos jogadores durante o intervalo foi mais atitude, porque ter qualidade nem sempre chega
troca de Óliver por Herrera foidecisivaparaavitória?
– Não entrámos bem no jogo. O Portimonense vinha como nós esperávamos, com uma linha de cinco atrás, à imagem do que fez na pré-época. Entrámos de forma algo passiva, sem intensidade e sem velocidade no jogo. A diversidade de movimentos ofensivos não tem que ser feita de forma desorganizada e isso aconteceu, o que levou a que sofrêssemos quando perdíamos a bola, havia muito espaço para o adversário, sobretudo no corredor central. Mudei porque pareceu-me que precisávamos de outra presença no meio-campo. O Óliver tentou cumprir com o pedido, mas a equipa não soube compensar algumas permutas nossas. Era importante ter infiltrações de médios e extremos, mas estávamos constantemente a perder as segundas bolas e a levar com contra-ataques.
– Como se explicam as diferenças da1.ª paraa2.ª parte?
– Tive a oportunidade de falar com a equipa, de não mudar nada do que já se estava a fazer pouco antes, mas sim mudar a atitude. Era mais pela mentalidade que estávamos a ter no jogo. Podemos ter uma equipa cheia de capacidade técnica e qualidade, mas quando não aliamos isso à ambição e a uma boa agressividade e intensidade não adianta nada. Foi isso que foi pedido ao intervalo. Há jogos onde podem acontecer este tipo de coisas, não quero tirar o mérito ao Portimonense, que veio aqui de forma muito organizada. Fez uma boa 1ª parte, mas também por culpa nossa. Depois já fomos uma equipa mais próxima do que é hábito e ganhámos naturalmente.
– Quando decide lançar Herrera também foi para dar uma voz de comando à equipa?
– Tínhamos muitas vozes de comando dentro de campo, até estávamos a falar mais do que a jogar. Não, não foi por isso.
– Que análise faz à exibição de Corona defensivamente, que teve de levar com Nakajima?
– Sabíamos que o Nakajima explora o espaço interior e dá o corredor ao Manafá. Tenho total confiança no Corona a lateral e na forma como defende. E no Felipe como central desse lado. Temos de elo- giar a qualidade do adversário. – Esteve mais calmo no banco do que é habitual, é uma consequênciado que se passou no Bessa?
– Estava solidário com o António Folha, estive em clima romântico com ele...