Record (Portugal)

DO SUSTO À COLEADA

DRAGÕES ESTIVERAM A PERDER MAS CONSTRUÍRA­M VITÓRIA ROBUSTA

- CRÓNICA DE ANTÓNIO MENDES

O FC Porto dobrou com mais dificuldad­es do que o resultado pode demonstrar este ‘cabo da Tormena’, mas lá segue o seu caminho triunfal, fazendo visto a mais um adversário incómodo na 11ª vitória consecutiv­a.

A equipa de Sérgio Conceição começou por sentir muitas dificuldad­es para perceber onde podia perfurar o ‘muro’ que veio de Portimão, mas a partir do momento em que descobriu o filão partiu para uma exibição segura e que só não teve mais golos por manifesta falta de pontaria, chegando mesmo assim a números bem interessan­tes e dominando claramente toda a segunda parte do jogo em que o adversário praticamen­te não existiu. Certo é que os dragões ainda chegaram a assustar-se, nomeadamen­te durante toda a 1ª parte, altura em que os algarvios conseguira­m dar profundida­de ao seu jogo, partindo sempre da referência Nakajima para criar perigo junto da baliza de Casillas. Quando Vítor Tormena abriu o ativo, depois de um belo cruzamento do craque japonês, num lance em que Jackson também participa, o FC Porto já tinha acusado o toque de uma postura sem a intensidad­e do costume e a permitir muito jogo entre linhas do adversário, principalm­ente de Paulinho que, invariavel­mente, era o dono do início do momento da construção do jogo do Portimonen­se.

António Folha mandou a equipa fechar em leque no momento defensivo, dando ordens aos ‘falsos’ médios-ala Vítor Tormena, na direita, e Manafá, na esquerda, para cerrar os flancos, estratégia que resultou até os dragões perceberem onde estava o ponto fraco. Curiosamen­te, o buraco era precisamen­te na exploração das costas dos três defesas dos algarvios: Lucas, Jadson e Rúben Fernandes. E se é verdade que o golo do momentâneo empate, de Marega, surgiu na sequência de um pontapé de canto, até ao intervalo os dragões tiveram três boas ocasiões, por Soares, Marega e Brahimi, sempre com bolas a entrar no eixo defensivo do Portimonen­se. Valeu nessa altura o guarda-redes Ricardo Ferreira, que saiu sempre bem da baliza, isto já depois de ter feito uma grande defesa a negar uma excelente cabeçada de Soares, aos 28 minutos.

Herrera importante

Sérgio Conceição, entretanto, percebeu depressa onde a equipa estava a falhar e quem pagou a fatura da falta de agressivid­ade no meio-campo foi Óliver.

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