O expurgo e o móvel
Pensoqueavota ãodaúltimaassembleiageralviroua páginadobrunismonoSporting. Pela terceira vez, no espaço de meses, os sócios manifestaram, de uma forma inequívoca, a sua vontade em rejeitar Bruno de Carvalho e a sua equipa, como forma de solução para o clube.
Depoucovaleuo“perdoame”, encenadonacomunicaçãolidanareunião, um autêntico flic-flac, que valeria nota 10 em ginástica artística, mas que, como todas as coisas que são postiças e tardias, não convenceu ninguém.
Aindahábalançosporfazere eventualmente contaspor pagar, mas o veredicto é claro; só espero que, se o presidente destituído for expulso, tenha a hombridade de não recorrer da decisão para a assembleia geral, porque os sócios já transmitiram, expressivamente, a opinião que dele tinham.
Aconfirmaçãoqueossócios fizeramdoscastigos ( e tem particular significado que a confirmação que recebeu maior votação tenha sido a da dr.ª Elsa Judas, que respondeu ao seu nível), não contende com aquilo que agora é prioritário, e que é a reconciliação dos sportinguistas.
Levoasconfirmações, àcontade umexpurgo que se faz do caruncho dos móveis, justamente para assegurar que não são destruídos.
DesdehámuitoqueoSportingtemumdéficit decoesão, situação que, nos mandatos do último presidente, se converteu num confrontacionismo interno, assumido e alimentado.
É tempodeacabarcomessas clivagens, porque, como todos sabemos, um clube dividido não vai a lado nenhum.
Nãoquerdizercomistoque aspessoasnãotenhamdiferençasde opinião e não as exprimam livremente, mas, nos
NOS MOMENTOS DECISIVOS HÁ QUE CERRAR FILEIRAS E PERMANECER UNIDOS
momentos decisivos, há que tocar a rebate, cerrar fileiras e permanecer unidos.
Nãoestouafalardenenhuma ficção; estou a referir-me a coisas que aconteceram realmente e há pouco tempo, como foi o caso da subscrição do último empréstimo obrigacionista. Viu-se como os sportinguistas souberam responder, em massa e em tempo, poupando o clube a um sério embaraço. É um belo (re)começo.