UM ZERO ÀS DIREITAS
Sporting de Keizer não consentiu golos na Liga pela primeira vez. Igual só com o Poltava
E ao sétimo jogo na Liga, Keizer não sofreu golos! O clássico pode ter deixado poucas histórias para contar, para lá da intensidade com que foi disputado, mas se houve algo de positivo para o Sporting, isso foi seguramente o facto de a equipa ter mantido a baliza inviolada.
O FC Porto praticamente não ameaçou Renan Ribeiro, com exceção de um desvio defeituoso de Soares que o guarda-redes travou por instinto. A eficácia defensiva dos leões, assente num bloco mais baixo do que é habitual com Marcel Keizer, ficou a dever-se em grande medida ao acerto da dupla de centrais, Mathieu e Coates. Je- fferson, na esquerda, no lugar de Acuña, também deu boa resposta, assim como Ristovski na direita, lançado na segunda parte, em virtude da lesão de Bruno Gaspar. O posicionamento rigoroso dos médios e o compromisso coletivo dos extremos e de Bas Dost consolidaram a estratégia que resultou na primeira ‘folha limpa’ do Sporting com o novo treinador, no campeonato. Antes, só o Vorskla Poltava, na Liga Europa, não tinha feito golos ao leão de Keizer (vitória por 3-0, a 13 de dezembro). Nos seis jogos anteriores ao clássico na Liga, o problema defensivo esteve na origem de derrotas em Guimarães (1-0) e em Tondela (21), na última jornada. Foi, ainda, motivo de sobressaltos, sobretudo em Alvalade, onde Aves e Nacio- nal chegaram a estar a vencer (0-1 e 0-2, respetivamente). O nulo de ontem, primeiro da época em Alvalade, custou mais dois pontos, é certo, mas garantiu o objetivo mínimo: conservar distâncias para o topo da tabela. *