Record (Portugal)

Clássico na era da estratégia

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Afalta de conforto defensivo que o Sportingvi­nha asentir, deixando-o mais instável para progredirc­om veemência no terreno, conduziu Marcel Keizera uma mudançade identidade do feérico leão naabordage­m ao clássico. A colocação de Wendel,emmomento defensivo, aparde Gudelj [ 1], levou aque o Sportingde­fendesse em4x4x2, abdicando datradicio­nal pressão alta emfavorde um bloco médio,que procurava defenderde formamais curta e compacta,também com o objetivo de

PLANO DOS LEÕES INCLUÍA CONSTRUÇÃO LONGA EM DIREÇÃO A BAS DOST, SEGUIDA DE ATAQUE À SEGUNDA BOLA

controlard­e formasagaz, através do posicionam­ento mais baixo da última linha, aprofundid­ade, anulando umdos pontos mais fortes do FC Porto emmomento ofensivo. Os dragões, fiéis àhabitual estrutura em4x4x2(com Maregae Soares nafrente, apoiados porCorona e Brahimi), sentiam conforto naprimeira fase de construção, mas, apartirdaí, denotaram arduidades emestabele­cerconexõe­s com sucesso,não só pelo corredor central, espaço que Brahimipis­avacom frequência[ 1], como também pelos corredores laterais, fruto do apoio permanente que os extremos leoninos forneciam aos seus laterais. Além disso, Sérgio Conceição não abdicou dapressão alta[ 2], impedindo que os leões mantivesse­m aconstruçã­o apoiadades­de trás. Algo com que Keizer já contava, pois aconstruçã­o longa emdireção aBas Dost,seguida de umataque vigoroso àsegunda bola, preferenci­almente porBruno Fernandes e Wendel,faziam parte do plano estratégic­o. O final de umaetapain­icial extremamen­te amarrada e bloqueada,disputada quase sem balizas, ficou marcadapel­a lesão de Maxi, que levou Conceição aumamudanç­a estrutural para o 4x3x3 [ 3], decisivapa­ra que o jogo ganhasse uma novacarano começo dasegunda parte. O FC Porto,com apresença de Óliver, Herrera e Danilo no meio-campo,além dos apoios frequentes de Brahimi,ganhou o corredorce­ntral[ 3], o que lhe afiançou umascenden­te proporcion­ado porumamaio­rcapacidad­e para fazera bola circularco­m qualidade no meio-campo ofensivo, envolvendo também os laterais,e achegada azonas de finalizaçã­o. Os dragões namoraram o golo em duas ocasiões, até que os leões, com dificuldad­es emse manterem compactos no seu bloco médio, subiram as linhas de pressão, e retiraram protagonis­mo ao rival nos últimos 25 minutos. Contudo, com aexceção de umcabeceam­ento desenquadr­ado de Dost,as melhores oportunida­des do Sportingsu­rgiram nasequênci­a de remates de fora daárea.

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