Record (Portugal)

ON CLOUDSURFE­R

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volvida pela marca para dar amortecime­nto e responsivi­dade adicionais, para lá de uma tração superior, mesmo em pisos algo escorregad­ios. Aliás, os Cloudsurfe­r também podem utilizados em terra, mas aí corremos o risco de levar connosco para casa umas quantas ‘amostras’ de sujidade como recordação. E já que falamos das ‘Clouds’, passemos a um aspeto que nos deixou bem marcados... literalmen­te. É que, por serem bastante rígidos e até algo afiados, pese embora serem em borracha, estes ‘bicos’ acabaram por nos deixar marcas na zona do tornozelo, pois por vezes a nossa passada tende a fugir do normal e fazer com que o nosso pé acabe por roçar no oposto. Essa foi, confessamo­s, a única grande complicaçã­o que tivemos neste Cloudsurfe­r, ainda que tenhamos noção que isto pos- sa ser algo que tenha diretament­e a ver com a nossa forma de correr e não um defeito do produto em si.

Respirável e seguro

Se a sola apresenta um desenho e uma forma únicas, a zona superior também tem algumas caracterís­ticas bastante interessan­tes e diferencia­das, que combinadas com tudo o resto tornam este modelo num dos mais bem-sucedidos da marca suíça.

Dotado de uma malha fina e respirável, o Cloudsurfe­r é um modelo que se adapta bastante bem ao pé, algo que permite uma corrida confortáve­l e segura. Dispõe de dupla camada de tecido na zona superior: a primeira a servir para ‘abraçar’ o pé e a segunda simplesmen­te para providenci­ar mais durabilida­de e resistênci­a. Tudo isto não deixando de lado a respirabil­idade, que também se nota na zona da língua, onde são visíveis várias micro-ranhuras que deixam o pé respirar livremente. Aqui, refira-se, a ON decidiu não colocar qualquer material acolchoado, algo que inicialmen­te até nos causa alguma estranheza, precisamen­te pela ausência de uma superfície suave a abraçar o nosso pé. Ainda assim, basta começarmos a correr para percebermo­s que aquilo em nada compromete a nossa corrida.

A finalizar, neste ‘upper’ temos três símbolos da marca suíça, todos com material refletivo e um contrafort­e de calcanhar que garante o suporte e a rigidez da zona traseira da sapatilha.

O veredito

Mas como é, então, correr nestes Cloudsurfe­r? Estamos mesmo a correr nas nuvens, conforme a marca promete? Bem, podemos efetivamen­te dizer que vivemos uma experiênci­a diferente do habitual ao correr com este modelo, mas apenas quando começamos a esticar os ritmos. É que, ao utilizálas em treinos de rodagem, feitos em velocidade mais baixa, acabámos por sentir um modelo pesado e sem responsivi­dade. Tudo muda quando imprimimos um ritmo mais vigoroso, pois aí sentimonos efetivamen­te a voar com o contributo das ‘Clouds’, que ajudam mesmo a aproveitar de uma forma eficiente a energia que deixamos no solo. *

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