ATAQUE DE ALTO RISCO EM TONDELA
Sector ofensivo está órfão das suas referências e a reta final do encontro com o V. Setúbal deixa antever aposta em André Pereira sobre a mesa
Quando falamos de Soares, Marega e Aboubakar estamos a falar em ‘apenas’ 94 golos do FC Porto na era Sérgio Conceição. É muita influência ofensiva para um treinador não poder contar, como vai acontecer em Tondela, já que nenhuma das três referências do ataque está disponível para a próxima jornada da Liga. Será, portanto, necessário inovar e o técni- co já terá dado, no duelo com o V. Setúbal, algumas pistas sobre o que poderá vir a fazer. Quando ao minuto 61 trocou Otávio por André Pereira, Sérgio Conceição fez questão de reformular a dupla mais adiantada, deslocando Soares mais para a esquerda e lançando o camisola 21 para a direita, com Corona e Adrián López no apoio a partir das alas. Pode muito bem estar aqui uma espécie de ensaio em jogo para o duelo da próxima sextafeira, em Tondela, se bem que aí será o espanhol a atuar com o português no eixo. Esta nuance tática ganha ainda mais relevância porque sucedeu dez minutos depois do ponta-de-lança ter visto o amarelo que o tirará do jogo seguinte e deve significar que André Pereira, neste momento, é uma hipótese mais forte para o render do que Fernando Andrade.
Visita sempre difícil
CAMISOLA 21 PARECE PARTIR À FRENTE DE FERNANDO ANDRADE E DEVE FORMAR COM ADRIÁN A DUPLA MAIS ADIANTADA
Méritos e qualidades de quem os render à parte, um ataque sem Soares, Marega e Aboubakar será sempre diferente e isso traz riscos inerentes. Ainda para mais porque se trata de uma deslocação que tem sido tudo menos fácil para o FC Porto. O Tondela, que está no principal escalão desde 2015/16, tem criado sempre dificuldades aos atuais campeões nacionais, que, em três visitas, venceram duas vezes (por 1-0) e empataram outra (0-0). Na 1ª volta, a equipa de Pepa foi um osso duro de roer também do Dragão e valeu um golo ao cair do pano de... Soares. *