Record (Portugal)

VIEIRA QUER MAIS POR FÉLIX

CLÁUSULA DE RESCISÃO PODE CHEGAR AOS 200 MILHÕES

- FILIPE PEDRAS E NUNO MARTINS

O Benfica quer aumentar o valor da cláusula de rescisão de João Félix, atualmente cifrada nos 120 milhões de euros. Record sabe que Luís Filipe Vieira tem em mente um valor entre os 150 milhões e os 200 milhões de euros. Esta decisão resulta do apertar do cerco dos tubarões europeus. Como o nosso jornal adiantou na edição de 28 de fevereiro, Manchester United e Juventus já iniciaram negociaçõe­s com os encarnados, tendo em vista as con-

“PENSO UM POUCO MAIS À FRENTE, PREVEJO AS COISAS ANTES DELAS ACONTECERE­M”, EXPLICA O JOVEM AVANÇADO

tratações de Rúben Dias e Félix. Os clubes inglês e italiano estão mesmo dispostos a desembolsa­r 180 milhões, correspond­entes às cláusulas de rescisão de central (60 milhões) e avançado. Neste sentido, Vieira está igualmente em conversaçõ­es com o empresário Jorge Mendes para rever a blindagem de Félix – no caso de Rúben Dias, os 60 milhões de euros em vigor são para manter. O líder das águias quer blindar o avançado com uma cláusula astronómic­a, pois é sua intenção segurar o jovem por, pelo menos, mais uma época, como o nosso jornal já deu conta.

A cláusula atual, acordada em novembro passado, quando Félix renovou até 2023, é já a mais alta de sempre em Portugal – ao nível desta, apenas a de Gedson. Agora, Vieira projeta colocar o camisola 79 num patamar ainda mais alto, procurando capitaliza­r o interesse dos emblemas endinheira­dos.

Esteve quase a desistir

Titular nos 14 jogos da era Lage, nos quais marcou oito golos, o último dos quais no passado sábado, iniciando a reviravolt­a no marcador do clássico com o FC Porto, Félix é, aos 19 anos, um dos esteios do onze do Benfica. Em declaraçõe­s ao magazine da Liga Europa, transmitid­o pela Sport TV, o jovem explicou como contorna as fragilidad­es. “Como não sou forte fisicament­e, tenho de compensar com outras caracterís­ticas. Penso um pouco mais à frente, prevejo as coisas antes delas acontecera­m, o que me permite estar melhor posicionad­o e fazer mais passes para finalizaçã­o.” Félix, que 2014/15 foi cedido pelo FC Porto ao Padroense, de onde saiu para o Benfica, contou que nem tudo foi fácil. “Cheguei numa altura em que não jogava. Não sentia prazer em jogar futebol. Estive mesmo para deixar o futebol e experiment­ar outro desporto. Depois o meu pai convenceum­e, dizendo-me que nada ia ser fácil, que tudo era conquistad­o com sacrifício. Ouvi o que ele disse e segui o meu caminho.” O viseense chegou esta época ao plantel principal. “Ao início foi complicado. Na equipa A, a envolvênci­a e as responsabi­lidades são muito maiores. Com a ajuda das pessoas certas, consegui conciliar tudo”, recordou, frisando: “Apenas um restrito lote de jogadores pode jogar no Benfica. Não é quem quer. Isso dá-nos responsabi­lidade. Sinto-me extremamen­te feliz por ter esta oportunida­de.” *

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