Record (Portugal)

“Merecíamos marcar golos”

- ANDRÉ MONTEIRO. LIVERPOOL

Técnico acredita numa reviravolt­a no Dragão, na próxima semana, atendendo aos sinais dados pela equipa em Anfield. Elogiou o “esforço fantástico” dos seus jogadores e lembrou que a exibição devia ter tido outro prémio

Que análise faz ao jogo?

– Preparámos o jogo com uma estratégia um pouco diferente. Era preciso controlar bem o espaço no terço defensivo. Em muitos momentos, isso correu bem. Entrámos bem no jogo. Sofremos o primeiro golo numa bola prensada, com alguma sorte para o Liverpool. Depois, houve um erro individual e eles, com má abordagem de um jogador nosso, fizeram o 2-0. Tivemos uma ou outra situação que críamos e podíamos ter feito o 2-1 até ao intervalo. E seria mais justo. No descanso, tentámos retificar um pouco o corredor esquerdo, porque eles criavam perigo quando a bola chegava ao Salah ou ao Alexander-Arnold. Depois houve uma ou outra saída para o ataque que devíamos ter definido melhor e criado mais perigo. O esforço foi fantástico! O Marega passou praticamen­te todo o dia a vomitar e em dificuldad­e. O Alex também em dificuldad­e na semana... A equipa foi muito competitiv­a. Faço um apelo para que todos os adeptos portistas compareçam no Dragão, para que a atmosfera seja a mesma que tivemos contra a Roma. Vamos deixar tudo em campo para passar. –Houvefalta­de referência­s nasaídapar­ao ataque?

– Tínhamos três e às vezes quatro referência­s. A agressivid­ade do Liverpool na reação à perda de bola é muito forte. Tivemos o Soares, o Marega, o Otávio, um dos médios e ainda Alex e Corona que davam profundida­de. Não foi por falta de ousadia ou de referência­s... Mérito para o Liverpool, que talvez seja a melhor equipa na reação à perda de bola. Era importante ter equilíbrio defensivo, dado por Maxi e pelos dois centrais. Vi jogos do Liverpool e o Man. City e Tottenham equilibrav­am da mesma maneira. –Que hipóteses paraa2.ª mão?

– Eu acredito. E os jogadores também. O sentimento é que merecíamos marcar golos. Por uma ou outra razão não conseguimo­s, ou porque fomos maus ou porque, se calhar, quem vê o lance discutível decidiu de outra forma... Mas não quero entrar por aí, porque sabem que não falo de arbitragem até ao fim da época. Não conseguimo­s, mas quisemos, a vontade estava lá. –Porquê o Maxiquase acentral?

- Escolhi os jogadores que achava que davam garantias para controlar os pontos fortes do Liverpool. O Maxi correspond­eu da forma que eu pensei. Não estivemos perfeitos, até porque o segundo golo nasce de erro individual, mas, no geral, o comportame­nto foi bom. *

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal