AUTORIDADE NÃO LARGA PROCESSOS
IPDJ puniu encarnados com jogo à porta fechada em agosto, mas dossiês mudaram de mãos
NÃO DEVERÁ HAVER RISCO DE PRESCRIÇÃO
O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) foi o primeiro a punir o Benfica com um jogo à porta fechada, numa decisão anunciada a 31 de agosto de 2018, que chegou acompanhada por uma multa de 56.625 euros. Em causa estava o apoio das águias aos grupos de adeptos não legalizados, sendo que o Benfica recorreu e ainda se espera por um desfecho. A questão é que, entretanto, foi criada a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APVCD), sendo que
“TENHO INFORMAÇÃO DE QUE OS PROCESSOS ESTÃO A SER TRAMITADOS”, EXPLICOU VÍTOR PATACO AO NOSSO JORNAL
os processos passaram das mãos do IPDJ para o novo órgão, a ser liderado por Rodrigo Cavaleiro. Atualmente, a APVCD ainda não se encontra em funções ‘fisicamente’, uma vez que a sede será estabelecida em Viseu. Por este motivo, poderia existir o receio de que os processos congelassem e acabassem mesmo por prescrever, mas a crença do IPDJ é de que tudo irá decorrer de forma natural. “Tenho informação de que os processos estão a ser tramitados com normalidade e uma dezena deles já foram concluídos”, explicou Vítor Pataco, atual presidente do IPDJ, em declarações exclusivas a Record. Neste sentido, segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, a APVCD tomou medidas preventivas e contratou uma série de juristas que estão já a trabalhar para garantir que nenhum processo cai no esquecimento e, por consequência, corra riscos de prescrever. Desta forma, o IPDJ acredita que todos os dossiês em curso serão decididos em tempo útil, embora não haja garantias absolutas por esta altura, até porque o organismo liderado por Vítor Pataco já ‘transferiu’ todas essas responsabilidades para a nova autoridade instituída. Ainda assim, Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, alertou recentemente para a necessidade de consagrar a APVCD de mais meios efetivos. *